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Fux critica Lira, “réu na linha sucessória”, e classifica impeachment como “desastroso”

Em entrevista ao jornal ao Estado de S.Paulo deste domingo (7), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, falou sobre o quadro político, incluindo a possibilidade de impeachment de Bolsonaro, e a eleição do novo presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (Progressistas-AL).

Fux teceu críticas a escolha de Lira como candidato do governo à presidência da Câmara, já que mesmo investigado por corrupção e participação em organização criminosa, agora ele está na linha sucessória do Executivo. “Eu acho que realmente uma pessoa denunciada assumir a Presidência da República, seja ela qual for, é algo que até no plano internacional não é o melhor quadro para o Brasil”, afirmou o ministro. Em caso de vacância ou ausência do presidente Jair Bolsonaro e com o vice Hamilton Mourão sem condições de assumir por qualquer motivo, a presidência ficaria com ele. No passado, o STF impediu o então presidente do Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), de ocupar interinamente a presidência por ser réu.

Sobre os movimentos para um pedido de impeachment contra Bolsonaro por sua atuação desastrosa no combate à pandemia, Fux classificou a possibilidade como “desastroso” por seus desdobramentos políticos e econômicos. “O país precisa se reerguer economicamente, atrair investidores e consolidar a nossa democracia, eu acho que seria um desastre para o País. O Brasil não aguenta três impeachments”, disse. Ele também deixou clara sua opinião sobre o eventual papel da corte: “O impeachment é um processo político que o Supremo não pode nem se intrometer no mérito.”

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