Líder nas pesquisas para a Prefeitura de São Paulo, com 29% da intenções de votos, o deputado federal Celso Russomanno (Republicanos) pode ter sua campanha prejudicada com a divulgação, neste sábado (26), de que sua filha, Luara Torres Queiroz Russomanno, e seu genro, Bruno Neri Queiroz, são acusados da prática de um esquema de pirâmide, golpe financeiro em que investidores colocam recursos em uma empresa em troca de dividendos supostamente garantidos, mas que não se realizam, pois dependem da entrada constante de novas vítimas no esquema.
O negócio era ilegal. De acordo com reportagem de O Estado de S. Paulo, em fevereiro de 2019 a Comissão de Valores Mobiliário (CVM), órgão do Ministério da Economia para o mercado de investimentos, alertou que “NQZ Participações e Investimentos Ltda. e Bruno Neri Queiroz não estão autorizados a ofertar publicamente títulos ou contratos de investimento”.
Das 18 ações que ambos foram alvo, seis foram consideradas procedentes pela Justiça. As vítimas cobram o retorno de R$ 4,5 milhões. De acordo com os processos, a NQZ Participações, de Luara e Bruno Queiroz, afirmava investir os recursos na expansão de redes franqueadas de alimentos e de salões de beleza. O casal usaria o sobrenome do candidato como forma de convencimento. Russomanno fez sua carreira na TV defendendo o consumidor.
O candidato líder das pesquisas respondeu: “Agora, trazer isso para a minha campanha e tirar o foco da discussão, que é a cidade de São Paulo, é uma atitude covarde, para não dizer outra coisa”. Sem citar Luara, Celso Russomanno afirmou que seu genro, Bruno, tem “problemas financeiros assim como milhares de outros brasileiros, e vai responder pelos seus problemas, até porque isso não tem nada a ver comigo”.