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Fachin quer 100 observadores internacionais nas eleições

Presidente Jair Bolsonaro fez pressão para evitar o convite aos observadores europeus

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, afirmou nesta terça-feira (17) que a Corte pretende trazer ao Brasil uma centena der observadores internacionais para acompanhar as eleições de 2022. Fachin também anunciou a criação de uma rede para garantir a vinda ao Brasil de observadores da União Europeia (UE). O presidente Jair Bolsonaro fez pressão para evitar o convite aos observadores europeus. Desde a redemocratização o Brasil costumava enviar observadores para acompanhar os pleitos em democracias principiantes, principalmente na Amércia Central.

“Nossa meta é ter mais de 100 observadores internacionais durante o processo eleitoral no Brasil”, disse Fachin na abertura de palestra do professor Daniel Zovato, diretor para a América Latina e Caribe do Instituto Internacional para Democracia e Assistência Eleitoral (Idea Internacional).

Em seu discurso, Fachin considerou ainda que “a tranquilidade eleitoral de um país das dimensões e da relevância do Brasil é, também, a tranquilidade de toda a região. Temos a consciência do nosso dever transfronteiriço”.

De acordo com o presidente do TSE, foram convidados a acompanhar as eleições no Brasil:

  • Organização dos Estados Americanos (OEA);
  • Parlamento do Mercosul;
  • Rede Eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP);
  • União Interamericana de Organismos Eleitorais (UNIORE);
  • Centro Carter, dos EUA;
  • Fundação Internacional para Sistemas Eleitorais (IFES);
  • Rede Mundial de Justiça Eleitoral.
Democracia regride

Em sua fala, o presidente do TSE citou uma série de agressões às instituições democráticas que ocorreram em outros países, como Peru e Estados Unidos, e alertou que essa possibilidade de regressão com infiltração no ambiente nacional “infelizmente” já ocorreu.

Fachin questionou o que considera “transtornos” da apuração do resultado das eleições em papel e novamente defendeu o voto em urnas eletrônicas, destacando que o Brasil não mais concorda com aventuras autoritárias.

“A ninguém interessa reprisar essa realidade no país, cuja experiência de 25 anos com a urna eletrônica permitiu a superação dessas inquietudes. Por isso, é esta urna eletrônica e o nosso processo eleitoral que trazem paz e segurança para as nossas eleições”, disse.

“O mundo observa com atenção o processo eleitoral brasileiro, somos hoje uma vitrine para os analistas internacionais e cabe à sociedade brasileira garantir que levaremos aos nossos vizinhos que levaremos uma mensagem de estabilidade, de paz, de segurança e de que o Brasil não mais aquiesce com aventuras autoritárias”, reforçou.

Após receber o respaldo de senadores, conforme noticiado pela Reuters na segunda-feira, Fachin e outros integrantes da cúpula do Judiciário têm adotado posicionamentos mais contundentes ante a ameaças ao Poder e às eleições brasileiras.

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