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E se a pandemia ocorresse no seriado House of Cards?

Brasília foi sacudida na época do Impeachment de Dilma Rousseff por um terremoto político sem precedentes. Naquele momento, diziam que a realidade brasileira deixava o roteiro da série “House of Cards” no chinelo, tamanhas as traições e mudanças que rumo que a trama do impedimento presidencial sofreu. O personagem principal do seriado, o deputado Frank Underwood, ganhou grande notoriedade por conta das frases que soltava durante a ação, geralmente olhando cinicamente para a câmera, num efeito que os americanos chamam de “mugging”.

Como Jair Bolsonaro, Underwood era um deputado veterano que chegou à presidência. Mas, ao contrário do presidente brasileiro, não recebeu um só voto para exercer o poder e tinha uma verdadeira obsessão por controlar seus colaboradores por manipulações – e raramente criava marolas de comunicação que agitassem a opinião pública.

Amoral e cínico, o personagem é o típico anti-herói. Aquele tipo de canalha que angaria simpatia pela inteligência e sarcasmo. Suas tiradas são antológicas e podem ajudar muito quem está no epicentro do poder. Separamos cinco frases de Frank Underwood que ajudariam na condução da crise causada pelo coronavírus e na gestão política de forma geral.

+ “O presidente é como uma árvore solitária num campo deserto: ele se inclina para o lado para o qual o vento estiver soprando”. Essa frase mostra o quão importante é a opinião pública e o apoio popular. Se os eleitores pensam diferente, está na hora de mudar e seguir a maioria.

+ “Não comece uma guerra que você perderá”. Quando se age impulsivamente, não é possível pesar os prós e contras antes de ingressar numa briga e avaliar as probabilidades de vitória. Para que perder tempo numa discussão que está perdida antes de começar? Essa é uma lição de pragmatismo: foco apenas naquilo que é exequível e implementável.

+ “Os amigos se transformam nos piores inimigos”. Essa parece ter sido feita sob medida para o presidente Bolsonaro, que conseguiu brigar com vários apoiadores de sua campanha e gerou inimigos improváveis, que causam dores de cabeça totalmente desnecessárias.

+ “Você não pode transformar um ‘não’ em ‘sim’ sem antes dizer um ‘talvez’”. O comportamento pendular demostrado pelo presidente em várias ocasiões mostra que ele sabe a hora de voltar atrás. Mas uma troca constante de posições desgasta sua imagem. Talvez fosse melhor adotar um discurso menos assertivo e com maior neutralidade neste momento agudo de crise.

+ “Momentos como esse precisam de pessoas que agem. Façam a coisa desagradável, que também é a necessária”. Tempos difíceis exigem medidas extremas e é preciso pisar em alguns calos. Mas, se a explicação para o remédio amargo for convincente, a sociedade se unirá em torno de seu presidente, pois perceberá a liderança nos momentos difíceis.

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