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Dornelles: um enorme talento político que se vai

Francisco Dornelles nasceu em uma família marcada pela política: ele era sobrinho de Tancredo Neves e seu pai era primo de Getúlio Vargas. Escolhido por Tancredo para ocupar o ministério da Fazenda, acabou compondo o ministério de José Sarney após a morte do tio. Foi o primeiro ministro da Nova República a ser frito em praça pública, vítima de vazamentos constantes e cortantes vindos do Palácio do Planalto.

Toda vez que Sarney queria dramatizar algum episódio, utilizava a introdução “é com o coração sangrando que…”. Com a saída de Dornelles da Esplanada não foi diferente – mas os dois lados sentiram um alívio enorme quando Dilson Funaro se instalou no Ministério da Fazenda.

Dornelles elegeu-se deputado federal, senador e vice-governador do Rio de Janeiro e foi ministro de Fernando Henrique Cardoso em dois mandatos diferentes. Uma voz ponderada e conciliadora, conseguia ser enérgico nos momentos em que esse comportamento era necessário para encerrar um determinado assunto. Na maior parte do tempo, no entanto, agia como seu tio: discreto, agregador e perspicaz.

O ex-ministro morreu ontem e nos deixa no momento em que o Brasil mais precisa de políticos com seu perfil. Que descanse em paz.

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