O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse que medidas mais rígidas de bloqueio podem ser adotadas se a situação no sistema de saúde piorar por conta do avanço da pandemia do novo coronavírus, principalmente fora da capital e no interior do estado. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Doria lamentou o baixo índice de isolamento social e indicou que o lockdown poderá ser decretado se houver um entendimento do comitê estadual que avalia as ações de combate à doença. “São diversos tipos de protocolos, local e regional. Quem vai dizer se a necessidade motiva aplicação ou não é o comitê de saúde. Não haverá nenhuma decisão de ordem política nem de inibir e nem de aplicar, exceto aquela determinada pela saúde”, comentou. “Seria o nível de isolamento próximo do absoluto. Só se deslocam quem está em áreas de absoluta necessidade: segurança pública, saúde, serviços básicos, como luz, telefone, água, transporte público, e abastecimento, como farmácias e supermercados. É um isolamento mais duro e mais rigoroso. Mas, repito, embora esse protocolo exista, ele neste momento não está colocado para aplicação. Mas é sempre importante ressaltar que, se houver essa necessidade, e se ela for determinada por um crescimento rápido e inesperado do coronavírus, nós colocaremos em ação”, acrescentou. O governador também falou sobre o uso da cloroquina caso haja alguma determinação do presidente Jair Bolsonaro e do governo federal. “Em São Paulo vai prevalecer a decisão médica, da ciência e da saúde. Nenhuma decisão de ordem política, pessoal, personalista, partidária ou ideológica será colocada à frente da ciência”, afirmou.