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Deixar o adversário sangrar nem sempre é a melhor estratégia

Nota publicada hoje pelo jornal “O Estado de S. Paulo” diz que o senador Renan Calheiros, relator da CPI da Pandemia, pretende ser “cirúrgico” em sua atuação. Ele faria parte do grupo que não quer o impeachment de Jair Bolsonaro, mas prefere ver o presidente “sangrando até 2022”.

Fernando Henrique Cardoso usou a mesma estratégia em 2005, quando eclodiu o escândalo do Mensalão sob a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva. A ideia era igual: deixar Lula sangrando em praça pública para enfraquecê-lo nas eleições do ano seguinte, que poderiam ser vencidas pelos tucanos.

O final desta história todos sabem: Lula não só se reelegeu como fez sua sucessora, Dilma Rousseff, que também foi reconduzida ao cargo. Moral da história: a estratégia de deixar o adversário sangrar nem sempre dá certo.

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