A Corregedoria do Ministério Público Federal (MPF) irá apurar possíveis irregularidades na distribuição das investigações da força-tarefa da Lava-Jato em São Paulo. Segundo noticiado pelo site G1, a portaria que criou a sindicância designou a procuradora regional da República Raquel Branquinho para coordenar a apuração. Ela e colegas irão averiguar se foram respeitados os critérios para a definição do chefe de cada investigação. O trabalho deve ser concluído em 30 dias. Se a procuradora entender que houve alguma irregularidade, poderá pedir a instauração de inquérito. Raquel Branquinho foi uma das auxiliares mais próximas de Raquel Dodge, antecessora de Augusto Aras no comando da Procuradoria-Geral da República (PGR).
A sindicância é um novo ponto de atrito entre o comando da PGR, em Brasília, sob o comando de Aras, e as forças-tarefas da Lava-Jato no Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo. A Corregedoria do MPF atua em outra sindicância que apura questões em andamento na Lava-Jato. A investigação foi instaurada depois de integrantes da força-tarefa de Curitiba acusarem a subprocuradora Lindora Araújo de tentar ter acesso a dados da operação de maneira informal – sem apresentação de documentação ou justificativas.