Menos de dois dias após assumir o Ministério da Defesa, o general da reserva Walter Braga Neto terá que prestar esclarecimentos sobre compras com supostos indícios de superfaturamento pelas Forças Armadas. A Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (31) a convocação do ministro.
O caso não envolve Braga Netto, é uma herança do ex-titular da pasta, o também general da reserva Fernando Azevedo e Silva, que foi demitido na segunda-feira (29) por discordâncias com o presidente Jair Bolsonaro. Braga Neto era ministro da Casa Civil.
O novo ministro deverá explicar as justificativas e os mecanismos de compra de produtos como picanha, cerveja, bacalhau, filé, salmão e carvão vegetal. Foram encontrados indícios de superfaturamento.
Após receber o ofício de convocação – que é obrigatória -, o novo ministro terá até 30 dias para comparecer no colegiado. Caso não compareça, Braga Netto poderá responder por crime de responsabilidade.