Os ânimos se alteraram na reunião eletrônica entre o presidente Jair Bolsonaro e os governadores da Região Sudeste, na manhã desta quarta-feira (25). Participam da conversa os governadores João Doria, de São Paulo, Wilson Witzel, do Rio de Janeiro, Romeu Zema, de Minas Gerais, e Renato Casagrande, do Espírito Santo, além dos ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (Saúde), e de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas.
Bolsonaro assumiu um posicionamento público pedindo o fim do isolamento social para quem não está nos grupos de risco e a reabertura do comércio, escritórios e escolas como forma de evitar uma recessão econômica. Já os governadores alegam seguir as determinações das autoridades sanitárias e da Organização Mundial de Saúde (OMS).
As divergências entraram nos campos político e eleitoral. Bolsonaro e Doria bateram boca. O presidente tentou reafirmar sua autoridade sobre os demais, sendo rebatido pelo governador paulista, que ameaçou ir à Justiça caso o governo federal tente confiscar equipamentos e insumos empregados no combate ao coronavírus em São Paulo. O estado concentra os casos confirmados e as vítimas fatais.
Bolsonaro afirmou que orientou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, para que seja adotado o isolamento vertical, quando só alguns grupos ficam restritos.
“Hoje [quarta-feira] vamos definir essa situação. Tem que ser, não tem outra alternativa. A orientação vai ser o vertical daqui para frente. Vou conversar com ele [Mandetta] e tomar a decisão. Não escreva que já decidi, não”, disse.