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As ideias nada liberais do socialista Joaquim Barbosa

Uma das surpresas da mais recente pesquisa do Instituto Datafolha foi a performance do ex-presidente do STF, Joaquim Barbosa. Mesmo sem ter se lançado oficialmente como candidato à presidência da República, ele aparece com 10% das intenções de voto, à frente de pesos-pesados da política nacional, como Geraldo Alckmin e Ciro Gomes. Filiado recentemente ao PSB (o Partido Socialista Brasileiro – “socialista”, é bom lembrar), Barbosa ainda não foi a público defender suas ideias. Mesmo assim, algumas pistas fornecidas em entrevistas revelam uma visão de mundo nada liberal na economia. Confira a seguir o que o ex-presidente do STF pensa sobre política, economia e os acontecimentos dramáticos que marcaram a história recente do Brasil.

 

Impeachment de Dilma

Barbosa classificou o processo que culminou na saída da petista Dilma Rousseff da Presidência de “impeachment tabajara”.

 

Michel Temer

“O homem parece acreditar piamente que terá o respeito e a estima dos brasileiros pelo fato de agora ser presidente. Engana-se.” Foi assim que Joaquim Barbosa se referiu a Temer quando ele assumiu o país. Ainda sobre Temer, o ex-ministro do STF exigiu a renúncia do presidente logo após ele ser gravado pelo empresário Joesley Batista.

 

Reforma trabalhista e da Previdência

Na aproximação com o PSB, comentou com aliados que desaprova as reformas do governo. Segundo Barbosa, a reforma trabalhista “provocaria efeitos negativos” e a previdenciária “não tiraria privilégio algum.”

 

Privatizações

Pouco se sabe o que pensa Joaquim Barbosa sobre as privatizações, mas seu partido, o PSB, é contra. No processo de desestatização da Eletrobras em discussão no Congresso, a legenda firmou posição contrária à transferência da empresa para a iniciativa privada.

 

Votos para presidente

As recentes eleições presidenciais revelam o apreço de Barbosa pelos candidatos da esquerda. Em 1989, votou em Leonel Brizola no primeiro turno e em Lula no segundo. Ele repetiu o voto no petista nos pleitos de 2002 e 2006 – na segunda vez, o escândalo do mensalão já era conhecido. Em 2010, o ex-presidente do Supremo votou em Dilma.

 

Casamento gay e aborto

Se não é liberal na economia, Joaquim Barbosa não é conservador nos costumes. Ele foi o autor de uma resolução aprovada em 2013 pelo CNJ obrigando os cartórios a celebrar o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. Em abril de 2012, o STF aprovou a interrupção de gravidez de fetos anencéfalos, com voto favorável de Barbosa.

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Comentários

15 respostas

  1. Gostei do posicionamento do ex-ministro, tinha uma outra visão dele. Todos aqueles com senso crítico, entendem que tanto o processo da Dilma, quanto do Lula são exclusivamente políticos, voltados a atender os interesses particulares da classe dominante.

    1. Ah tá. Adivinha quem.vai governar PMDB de novo e seu lula vai continuar na cadeia.objetivo é exterminar a esquerda caviar. Isso já é excelente. O próximo passo são os tucanos e por fim Michel Drácula

  2. Ué? A descriminalização do aborto, do consumo de drogas e o casamento homoafetivo não são garantias de liberdades individuais, portanto, pautas liberais? Acho que o Lucas aqui está tentando distorcer algumas coisas. Estará ele querendo pautar o conservadorismo disfarçando ele de liberalismo?

    1. Liberdade social é diferente de liberdade econômica!! Um diz respeito a costumes da sociedade enquanto outro diz respeito a mercado…os exemplos que você deu se referem a parte social e no Brasil é tão bagunçado que existem pessoas que são conservadoras nos costumes e querem ser liberais no mercado!

    2. O liberalismo econômico integra a pauta conservadora, é o sistema econômico que foi praticado durante o século XIX e início do século XX, em que praticamente não havia direitos sociais garantidos por lei. Estes direitos integram a pauta progressista ou socialista. A pauta conservadora, em princípio, não inclui o casamento gay, a legalização das drogas e do aborto.

  3. Por que enfatizar no corpo do texto o “liberal” como algo bom? Você dá a entender que liberalismo é sinônimo de desenvolvimento/melhorias para o país, o que na verdade não é. Já tivemos uma experiência neoliberal nos anos 90 e já vimos que não deu muito certo, salvo o plano Real que deixou a inflação num patamar razoável.
    Outro ponto a se destacar é que o autor do texto CLARAMENTE usa seu posicionamento político durante o que deveria ser um texto de informação para interessados, e não um artigo tendencioso como se mostra.
    Sobre a reforma trabalhista e seus “efeitos negativos” que o autor parece se recusar a ver, está um maior índice de desigualdade na distribuição de renda no país, embora o nível de desemprego tenha caído a exemplo do que aconteceu na Espanha após a mesma reforma (Temer se inspirou nos modelos de reformas ocorridas na Espanha). O que se mostra, na verdade, é um método para mascarar indicadores como esse.
    E sobre a reforma da previdência, melhor nem comentar…

  4. Espero mesmo que não seja liberal. Veja onde esta corja está nos levando, só retirada de direitos. Hoje cedo li que teremos que pagar franquia ao utilizar o plano de saúde, é um absurdo. Já basta a enganação do povo com as tarifas de bagagem, não vimos preço nenhum abaixar. Essa pauta neoliberal só é boa para os donos do poder, o povo verá dia após dia a retirada de direitos.

  5. Gotei do posicionamento do JB.
    Ele e o unico honesto dos candidatos, pois o Bolsonaro em 30 anos de vida politica no congresso, jamais fez uma denuncia contra os corruptos que sao seus pares na camara.

  6. Bem que vc tentou distorcer as coisas mais o tiro saiu pela culatra. Para seu governo PSDB também tem o “S” de Social democracia e tá aí para quem quiser ver. Se as ideias do Joaquim são essas de fato parabéns!

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