A concorrida eleição à presidência da Câmara, nesta segunda-feira (1°), terminou com Arthur Lira (PP-AL) eleito o novo presidente da Casa. Ele obteve 302 votos válidos dos 513 possíveis e terá mandato até 2022. Na reta final, ele venceu seu principal oponente, Baleia Rossi (MDB-SP) – candidato do agora ex-presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ). Rossi recebeu 146 votos. Lira ficou com quase 59% dos votos totais.
O novo presidente da câmara baixa diz que será um parlamentar que, em sua nova atribuição, pretende prezar pela independente. Mesmo assim, ele teria passe livre no Planalto. Em seu primeiro discurso, afirmou defender um “diálogo amplo” e uma forte campanha de vacinação contra a covid-19. Vale destacar seu perfil de articulador nos bastidores. Todavia, sua eleição também pode representar a volta mais acentuada do fisiologismo, em troca do tipo de apoio que tantas críticas recebeu nos governosFHC, Lula e Dilma. Lira já foi alvo de investigações da Polícia Federal por enriquecimento ilícito.
A eleição de Arthur Lira na Câmara e de Rodrigo Pacheco, no Senado, representam vitórias do presidente Bolsonaro, ainda que a partir de agora o mandatário tenha que conviver com mais cobranças dos aliados.
Em seu primeiro dia de trabalho, Lira coordenará a eleição à Mesa Diretora, órgão responsável pela direção dos trabalhos legislativos e dos serviços administrativos da Casa. Entre as atribuições da Mesa está a promulgação de emendas à Constituição, juntamente com o Senado. Entre titulares e suplentes, há 11 vagas em disputa pelos partidos.
Os outros candidatos lembrados pelos colegas foram: Fabio Ramalho (MDB-MG), com 21 votos; Luiza Erundina (PSOL-SP), 16; Marcel Van Hattem (Novo-RS), 13; André Janones (Avante-MG), 3; Kim Kataguiri (DEM-SP), 2; e General Peternelli (PSL-SP), 1. Dois deputados votaram em branco.