Na primeira reunião de seu Conselho Consultivo, a Arko Advice, empresa de análise política liderada pelo cientista político Murillo de Aragão (foto), discutiu o cenário político atual. As principais conclusões:
- A decisão do ministro Edson Fachin, de anular as condenações de Luiz Inácio Lula da Silva, embaralha a sucessão. Caso seja elegível, Lula desponta como a grande força da esquerda.
- Quem fica mais prejudicado com o retorno de Lula à cena política são os políticos de centro, que ficam espremidos pelo retorno da polarização Jair Bolsonaro x Lula. Esses candidatos moderados terão que criar uma narrativa alternativa que ainda não existe no imaginário popular.
- Ainda não é certo que a polarização direita-esquerda vá predominar em 2022, pois o centro terá tempo de construir um caminho alternativo. Paradoxalmente, com ou sem polarização de extremos, quem decidirá a eleição será o eleitor de centro, não radical e não afetado pelas narrativas dogmáticas.
Fazem parte do conselho da Arko: Claudia Sender (conselheira da Telefônica), Henrique Bredda (Alaska), Juliano Custódio (EQI), Luiz Fernando Figueiredo (Mauá), Marco Bologna (Galápagos) e Oswaldo de Assis (BTG Pactual).
Uma resposta
Creio que o candidato de centro será o próprio Lula, reeditando na campanha o que fez quando presidente, aglutinando várias correntes como o centro (Centrão incluso). Acho que os candidatos de centro até então, Moro e Luciano Hulk, evaporaram. O primeiro pelas causas conhecidas e o segundo por não ter estofo político suficiente para enfrentar um candidato experiente como o Lula.