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Argentina pode ter inflação de 90%

Economistas acreditam que chegada de nova ministra, Silvina Batakis, piore a situação do país

Argentinos vivem com a perspectiva de que a inflação chegue a 90% até o final do ano, depois que a saída do ministro da economia, Martín Guzmán, desencadeou aumentos de preços do dia para a noite, pressionando o banco central. No país, foram vistas pessoas estocando alimentos antes da desvalorização do peso e da remarcação de preços.

É esperado que os dados de inflação de junho sejam divulgados ainda nesta quinta-feira (14) já ofuscados pelos aumentos de preços em julho. Esse seria o ritmo mais rápido de alta desde a hiperinflação há três décadas e a taxa mais alta do mundo, fora Venezuela e Sudão.

Empresas de consultoria em Buenos Aires, como EconViews, FMyA, Alberdi Partners e EcoGo, estão prevendo uma inflação de 90% para 2022. A FIEL espera que os preços ao consumidor subam 92%, enquanto outros analistas, como EcoLatina e Empiria Consultores, veem a inflação terminando o ano em 85%.

Um dos temores é com relação às soluções a serem adotadas pela nova ministra, Silvina Batakis. Ligada à esquerda peronista, la precisa fechar um novo acordo com o Fundo Montário Internacional (FMI) e reconquistar a confiança de investidores, que acrditam fortemnte na possibilidade de novo atraso ou até calote no pagamento de títulos públicos.

Antes da saída de Guzmán, economistas consultados pelo banco central previam uma inflação de 76% no final do ano. A impressão de dinheiro para financiar os gastos do governo e o aumento dos preços das commodities também contribuíram para a subida dos preços.

Protestos

Milhares de desempregados e trabalhadores informais se concentraram no Obelisco, em Buenos Aires, para se manifestar contra o agravamento da crise social e exigir auxílios governamentais para enfrentar os constantes aumentos de preço. Esse é mais um movimento contra a gestão de Alberto Fernández, que defende o cumprimento das metas fiscais acordadas com o Fundo Monetário Internacional (FMI), com quem a Argentina tem uma dívida de cerca de US$ 44 bilhões.

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