Dados mostram que 30 milhões de brasileiros não receberam segunda dose de reforço
Cerca de 69 milhões de brasileiros ainda não receberam a dose de reforço da vacina contra a covid-19. A Rede Nacional de Dados em Saúde mostra ainda que mais de 30 milhões de pessoas não receberam a segunda dose do reforço, enquanto 19 milhões de pessoas não buscaram sequer a segunda dose do esquema vacinal primário.
Esta semana, a recém-empossada ministra da Saúde, Nísia Trindade, lembrou que a pandemia não acabou e reforçou a importância de se completar o esquema vacinal contra a doença.
“A pandemia mostrou a nossa vulnerabilidade. O rei está nu. Precisamos afirmar, sem nenhuma tergiversação, e superar essa condição”, disse, ao destacar que o país responde por 11% das mortes por covid-19 no mundo, apesar de representar 2,7% da população global.
Segundo a pasta, estudos científicos revelam que a proteção vacinal desenvolvida contra a covid-19 é mais alta nos primeiros meses, mas pode apresentar redução. Com a dose de reforço, a proteção contra o vírus volta a ficar elevada. Por isso, a proteção adicional é considerada indispensável.
“Neste cenário, o Ministério da Saúde ressalta que é fundamental buscar uma unidade de saúde mais próxima para atualizar a caderneta de vacinação contra a covid-19 e outras doenças.”
Variante mais transmissível
Enquanto muitos não se protegem, especialistas em saúde expressaram preocupação sobre o rápido crescimento da nova sublinhagem ômicron XBB.1.5, aconselhando o público a se manter informado, mas não alarmado enquanto trabalha para aprender mais sobre a cepa do coronavírus.
Durante o mês de dezembro, a porcentagem de novas infecções por covid-19 nos Estados Unidos causadas por XBB.1.5 aumentou de 4% para 41%.
“É um aumento impressionante”, escreveu Ashish Jha, coordenador de resposta à covid-19 da Casa Branca, em uma publicação no Twitter.
Especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) compartilharam pensamentos semelhantes na quarta-feira. “Estamos preocupados com sua vantagem de crescimento”, disse Maria Van Kerkhove, epidemiologista que é líder técnica da OMS em covid-19.
Van Kerkhove observou que a XBB.1.5, detectado pela primeira vez nos Estados Unidos, se espalhou para pelo menos 29 países e “é a forma mais transmissível de ômicron até hoje”.
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