Segundo a Abracorp, resultado retoma desempenho de 2019, período pré-pandemia
O setor de viagens corporativas fechou 2022 com um faturamento de R$ 11,2 bilhões – queda de 1,62% quando comparado ao desempenho de 2019, com R$ 11,389 bilhões, antes da pandemia. O resultado mostra, conforme estudo da Associação Brasileira de Agência de Viagens Corporativas (Abracorp), que a crise do segmento, principalmente em 2020 e parte de 2021, ficou para trás.
Em dezembro do ano passado, o setor movimentou R$ 925 milhões, 26% acima do mesmo período de 2019. Dos 11 setores pesquisados no mercado, sete superaram seus desempenhos quando comparados com 2019, enquanto quatro apresentaram queda.
No consolidado do ano, conforme tendência apresentada no início de 2022, foram dois os maiores destaques em comparação com 2019: Locação de Veículos, que faturou 83% mais, e Rodoviário, receita 117% superior. “A expectativa é que em 2023 possamos repetir o desempenho do ano passado. A certeza é que esses itens manterão sua relevância no painel de viagens corporativas”, avaliou Gervásio Tanabe, presidente executivo da Abracorp.
No segmento aéreo doméstico, a redução de demanda nas viagens corporativas foi de 34%. Dados da Cirium SRS Snalyser, parceira de dados da Abracorp, indicam que só na ponte aérea Congonhas/Santos Dumont, as aéreas reduziram oferta em 17%, enquanto que na rota GRU/MIA, a redução de oferta foi de 22%, comparando-se sempre 2022 contra 2019. O faturamento se explica por um tíquete médio mais alto, ou seja, embora haja menos pessoas viajando, houve alta nos preços, principalmente em passagens aéreas.
Superada a crise da pandemia, 2023 começou com muitos desafios para a cadeia de viagens corporativas. Prazos de pagamento, contratos de serviços são pautas importantes para a entidade e deverão ser discutidas no âmbito do Client Advisory Board, formado por um grupo de clientes corporativos e com toda a cadeia.