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PwC acelera IA no Brasil atrás de receita em dobro

Reeleito, Marco Castro lidera nova fase que mira agronegócio, saúde e energia, impulsionada por inteligência artificial e um estudo promissor sobre o impacto no PIB brasileiro

A PwC deu início a um novo ciclo de atuação no Brasil, com planos de dobrar sua receita local nos próximos cinco anos. A meta acompanha um reposicionamento estratégico que prioriza a expansão dos serviços de consultoria e pretende incorporar iniciativas ligadas à adoção em larga escala de inteligência artificial (IA). Globalmente, o serviço de consultoria representa 42% da receita da PwC, enquanto o de auditoria responde por 35%. A empresa não divulga números específicos do Brasil, mas no exercício encerrado em julho de 2024, o faturamento global foi de US$ 55,4 bilhões — alta de 4,3%, com destaque para o crescimento da demanda no Brasil, entre os países das Américas.

A reestruturação ocorre em um momento de mudanças na liderança global da empresa. Mohamed Kande, atual presidente da área de consultoria, foi indicado para assumir o comando da PwC global, substituindo Bob Moritz.

No Brasil, o braço de consultoria já responde por cerca de 65% da receita. A expectativa é que esse índice aumente. Marco Castro (imagem), sócio-presidente da PwC Brasil, reeleito para mais um mandato de cinco anos, afirma que a nova fase reforça a aposta em setores estratégicos, como agronegócio, saúde, energia, serviços financeiros e administração pública. Segundo ele, o foco será em soluções que combinem tecnologia, análise de dados e atendimento a requisitos regulatórios.

“A partir de julho, começamos uma nova etapa com gestão atualizada”, afirma Castro. “Queremos apoiar os clientes em um ambiente de rápida transformação.”

Nova identidade e da IA

Além da mudança estrutural, a PwC anunciou uma nova identidade de marca e iniciativas para apoiar seus clientes na adoção de IA em larga escala. Entre as novidades está o Agente OS, sistema que integra agentes inteligentes aos fluxos de trabalho. Os ganhos prometidos de produtividade podem ser de até dez vezes em relação a métodos tradicionais. A empresa também intensificou seus treinamentos em IA: quase 300 mil profissionais da rede global já participaram de programas da Network AI Academy.

Essas ações vêm na esteira de um estudo global divulgado pela empresa nesta terça-feira (30), que projeta impactos econômicos significativos com a IA. De acordo com a pesquisa Value in Motion, a tecnologia pode adicionar até 13 pontos percentuais ao PIB do Brasil até 2035. No cenário global, esse ganho pode chegar a 15 pontos percentuais. Empresa nenhuma que almeje manter a relevância pode ignorar essa informação.

Baseado em modelagem de cenários, o estudo destaca que os ganhos não são garantidos. Os resultados dependeriam da adoção responsável da IA, de uma governança sólida e da construção de confiança por parte da sociedade. No cenário de baixa confiança, os ganhos para o Brasil seriam limitados a míseros 0,6 ponto percentual. Em um cenário intermediário, o impacto seria de 6,5 pontos. Ou seja, há espaço de sobra para a empresa ganhar muito ajudam os clientes a ganhar mais.

O relatório também aponta que cerca de US$ 7,1 trilhões em receitas devem mudar de mãos globalmente apenas em 2025, em razão da reorganização dos setores econômicos. No Brasil, essa redistribuição poderá alcançar US$ 130 bilhões. A PwC vê esse movimento como oportunidade para a criação de novos modelos de negócio no que denomina “domínios” intersetoriais – como a mobilidade elétrica, que conecta fabricantes de veículos, empresas de energia e fornecedores de tecnologia.

A consultoria também alerta para os desafios. O crescimento impulsionado pela IA poderá ser limitado por fatores como o aumento do consumo energético. Ainda assim, o impacto poderá ser compensado se a IA for usada para promover eficiência no uso de energia.

A empresa informou ainda que reforçou parcerias com grandes empresas de tecnologia, como AWS, Google Cloud, Microsoft e Oracle. A lista inclui também Adobe, SAP, OpenAI, Salesforce, entre outras.

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