Os fundos de previdência complementar apresentam todas as condições para, ainda este ano, acumular um patrimônio de R$ 1 trilhão em investimentos, estima a entidade que representa o setor. O atual patamar é de R$ 980 bilhões. De acordo com o diretor superintendente da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), Luís Ricardo Marcondes Martins, o cenário de juros baixos levou à antecipação das programações, com a busca de ações de maior risco para aumentar os lucros e manter os rendimentos dos beneficiários. “A gente já vinha no ano passado com muito estudo e informação técnica, atrás de uma diversificação maior”, explicou.
De acordo Martins, a antecipação de planejamento criou as condições para uma recuperação.
“Os efeitos foram muito drásticos. O que a gente notou foi que em março essa conjuntura levou um pouco das nossas reservas”, disse nesta quinta-feira (12), ao fazer apresentar um balanço do setor. No início da pandemia no Brasil, os fundos de previdência chegaram a ter um déficit de quase R$ 55 bilhões. Em setembro, o rombo caiu para cerca de R$ 20 bilhões. Agora, o sistema de previdência privada caminharia para entrar no azul, atingindo a meta de patrimônio para 2020. “Com a força do sistema e sua recuperação, não só superaremos o trilhão, como manteremos as metas atuariais”, disse.
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(Agência Brasil)