Fabricante de equipamentos de ginástica sofreu perdas, mas ainda seria atraente para compradores que atuam nos setores de casa, saúde e bem-estar e espaços de mídia
A marca de aparelhos de exercícios Peloton atrai as gigantes Amazon e Nike, incitadas pelas vendas crescentes de bicicletas ergométricas e esteiras durante o auge da pandemia. Os pretendentes não foram desencorajados pelo retorno às academias após o bloqueio, movimento que deixou a empresa valendo menos de um quinto de sua avaliação máxima de US$ 50 bilhões.
A Amazon se recusou a confirmar ou negar à Sky News se considera uma oferta pela empresa norte-amricana. Quando essa possibilidade foi divulgada no The Wall Street Journal na sexta-feira (4), as ações da empresa subiram mais de 30% nas negociações após o expediente. Parte dessa boataria pode ser alimentada pela própria empresa, já que seus controladores desejariam passar o ativo adiante antes que o valor caia demais.
Acidentes e investigação
Em agosto, a empresa cortou o preço de seu principal bicicleta em 20%, caindo US$ 1.495, diante das queas nas vendas e perdas de recitas. No mesmo mês, o Departamento de Justiça dos EUA e o Departamento de Segurança Interna informaram que investigavam a empresa depois que uma criança foi puxada para baixo de uma de suas esteiras e morreu, enquanto outros clientes relataram ferimentos.
Em novembro, a Peloton alertou os investidores que esperava uma desaceleração da receita no próximo ano. “Os principais impulsionadores de nossa previsão reduzida são uma redução mais pronunciada da demanda relacionada à abertura contínua da economia e um mix de vendas mais rico do que o previsto para nossa moto original”, comunicou em uma carta recente aos acionistas.
Mortes na TV
A Peloton e sua base de clientes são “extremamente atraentes” para empresas como Nike, Apple, Disney e Sony, que buscam aumentar sua presença em casa, saúde e bem-estar e espaços de mídia, informou a consultoria Blackwells em carta ao conselho da Peloton. Analistas da Wedbush Securities também esperam que surjam outros interessados, já qu a mpresa vai mal, mas os produtos são atraentes. “Ficaríamos chocados se a Apple não estivesse agressivamente envolvida neste potencial processo de acordo”, exprimiram eles, também mencionando a Disney como outro possível pretendente para o negócio de exercícios. “Acreditamos que haverá um punhado de marcas de tecnologia e de consumo circulando por uma oferta potencial com ativistas também promovendo uma venda”.
Para piorar, a empresa ganhou as manchetes recentemente, depois que as séries de TV Sex and the City – And Just Like That, e Billions apresentaram episódios em que personagens sofreram ataques cardíacos enquanto usavam suas bicicletas.