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Motoristas querem carros simples e com menos tecnologia

Digitalização pode prejudicar usabilidade de recursos do carro


Uma pesquisa recente nos Estados Unidos revela que os motoristas estão insatisfeitos com o excesso de tecnologia em seus veículos. O estudo, realizado pela JD Power e publicado desde 1995, aponta que as centrais multimídia dos carros modernos estão sobrecarregando os usuários. Em vez de optarem pelos sistemas integrados das montadoras, os motoristas preferem espelhar o Android Auto ou o Apple Car Play na tela.

Além disso, algumas fabricantes estão adicionando recursos básicos à central multimídia touchscreen, o que acaba prejudicando a usabilidade. Tarefas simples, como ativar o ar-condicionado, trocar de estação de rádio e atender chamadas, tornam-se complicadas devido a essas modificações.

De acordo com a pesquisa da JD Power, 56% dos 84.555 entrevistados com carros modelo 2023 afirmaram que preferem utilizar o sistema nativo de seus veículos para ouvir música, representando uma queda de 14% em relação ao ano de 2020. Os veículos dos entrevistados foram fabricados entre novembro de 2022 e fevereiro de 2023.

Para outras funcionalidades do sistema de infotenimento do carro, como chamadas, navegação e reconhecimento de voz, apenas 45%, 43% e 37% dos motoristas optam por usar o sistema nativo dos veículos.

Contudo, a satisfação é maior quando o sistema nativo é o “Android Automotive Operating System” (AAOS, Sistema Operacional Android Automotivo) em conjunto com o Google Automotive Service (GAS), um serviço de aplicativos do Google instalado pelas fabricantes em seus veículos.

O simples pode ser melhor

Os resultados do estudo da JD Power podem ser explicados com base nos dados apresentados por uma pesquisa da revista sueca de automóveis “Vi Bilagare”, que aponta que uma interface ruim e botões touchscreen podem ser frustrantes durante o uso do carro.

A revista usa o sistema proprietário da BMW iX como exemplo de usabilidade complicada. Essa interface ruim, somada ao uso exclusivo do touchscreen para ativar recursos simples, como ligar o ar-condicionado, prejudica a experiência do motorista. A revista também testou um Volvo V70, ano 2005, com os “arcaicos” botões analógicos, que se mostrou mais ágil nos testes de ajuste do ar-condicionado e rádio.

Esse excesso de tecnologia pode dificultar tarefas simples, que são as mais comuns no uso diário do carro. Por exemplo, andar sem ar-condicionado no verão pode ser uma experiência desconfortável, especialmente para quem possui um modelo econômico, como o Celta, que não possui esse recurso. Além disso, outro ponto levantado pela Vi Bilagare é o risco de percorrer longas distâncias em alta velocidade, enquanto tenta ligar algum recurso do carro.

Outro exemplo de “tecnologia demais” é a adoção de um “guichê no metaverso” por uma empresa de transporte brasileira. Os clientes só querem comprar a passagem, sem a necessidade de criar um avatar e usar um recurso “complexo” para simular um guichê de rodoviária no navegador ou celular.

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