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Mastercard testa reconhecimento facial para pagamentos

Biometria será usada no lugar de cartões, senhas e smartphones. Testes começaram no St Marche, em São Paulo

A Mastercard está lançando um controverso programa de pagamentos biométricos nas lojas, enquanto a empresa de cartões tenta acompanhar fintechs ágeis e concorrentes maiores, como a Amazon. Os varejistas que se inscreverem em seu esquema piloto podem permitir que os clientes paguem na loja com um gesto como um sorriso ou um aceno. A tecnologia é parecida com o uso do FaceID no iPhone, da Apple, para aprovar pagamentos ou desbloquear um dispositivo.

“Os pagamentos são um espaço amplo e estamos tentando oferecer o que os clientes desejam”, afirmou Ajay Bhalla, presidente de cibernética e inteligência da Mastercard. Ele disse que a Mastercard poderia atuar como o “facilitador do ecossistema”, definindo padrões unificados de privacidade e segurança para uma tecnologia que levantou as preocupações dos ativistas de privacidade e proteção de dados. “É importante garantir que os dados sejam tratados adequadamente e que a transação seja segura”, disse Bhalla. “Tudo é feito com o consentimento do consumidor.”

Testes no Brasil

Um programa piloto começou esta semana em cinco supermercados St Marche em São Paulo, disse a Mastercard em comunicado. As lojas usarão um aplicativo desenvolvido pela startup brasileira Payface, uma das pequenas empresas que a Mastercard promove como parte de seu programa de engajamento Start Path. No lado do hardware, a Mastercard trabalha com empresas como NEC e Fujitsu, com planos de lançar o recurso internacionalmente em breve.

Tecnologia controversa

Os sistemas de pagamento biométricos foram implantados por varejistas individuais por vários anos. A cadeia de fast-food dos EUA CaliBurger e PopID anunciaram um sistema em 2017 que permitia aos clientes acessar recompensas de fidelidade e histórico de pedidos anteriores digitalizando seu rosto. Ambas as empresas fazem parte da holding do Grupo Cali.

Mas a adoção em larga escala não ocorreu. A tecnologia de reconhecimento facial e sistemas relacionados, que explodiram durante a pandemia, enfrentaram uma série de preocupações de grupos de direitos civis sobre o armazenamento de dados e as maneiras pelas quais eles podem ser compartilhados.

O leitor de impressão digital da Amazon, Amazon One, que foi implantado em várias de suas lojas, enfrentou escrutínio em agosto passado, quando senadores dos EUA enviaram uma carta levantando questões sobre suas práticas de privacidade de dados.

Mesmo na China, onde empresas como o Ant Group prometeram quantias significativas de dinheiro para lançar caixas com tecnologia de reconhecimento facial, as preocupações com a privacidade impediram a aceitação.

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