Companhia aprovou nesta quarta-feira um aumento de US$ 25 bilhões no seu programa de recompra de ações
A gigante chinesa do comércio eletrônico, Alibaba, divulgou nesta quarta-feira (7) sua receita para o quarto trimestre de 2023, que acabou por desapontar os analistas. As expectativas estavam em torno de 262,07 bilhões de yuan, conforme o consenso LSEG, porém, a empresa reportou um valor um pouco abaixo, totalizando 260,35 bilhões de yuan (equivalente a US$ 36,6 bilhões), queda de 69% na comparação anual. Apesar disso, a Alibaba anunciou um aumento em seu programa de recompra de ações em US$ 25 bilhões até março de 2027.
A desaceleração na receita, que cresceu menos do que em trimestres anteriores, foi atribuída à performance mais fraca nos negócios de comércio eletrônico na China e na divisão de computação em nuvem. Em comunicado, Eddie Wu, o CEO recém-nomeado da Alibaba, expressou que o foco da empresa está no crescimento dessas duas áreas.
A Alibaba tem enfrentado um ambiente econômico desafiador na China, onde o consumo permaneceu fraco, mesmo após o alívio das restrições da era covid por parte de Pequim. Diante das incertezas econômicas, os consumidores chineses têm demonstrado preferência por plataformas de desconto, como o rival da Alibaba, Pinduoduo.
O setor de computação em nuvem da Alibaba, considerado fundamental para o crescimento futuro da empresa, gerou vendas de 28,1 bilhões de yuan, representando um aumento de 3% em relação ao ano anterior.
Desafios e perspectivas
O ano de 2023 foi marcado por desafios significativos para a Alibaba. A empresa realizou sua maior reestruturação corporativa, e seu ex-CEO, Daniel Zhang, assumiu interinamente o comando do negócio de nuvem em dezembro de 2022, apenas para renunciar inesperadamente em setembro do ano seguinte.
A tão esperada spin-off do negócio de computação em nuvem da Alibaba também foi cancelada no ano passado. Mais recentemente, em janeiro, dois dos co-fundadores da empresa, Jack Ma e Joe Tsai, compraram ações no valor de cerca de US$ 200 milhões na gigante chinesa do comércio eletrônico, demonstrando sua confiança no futuro da empresa.
