Pesquisar
PATROCINADORES
PATROCINADORES

Importação de pneus cresce 32% e atinge US$ 450 mi

Volume é o maior da série histórica para um primeiro trimestre

As importações de pneus aumentaram 32% no primeiro trimestre deste ano e alcançaram US$ 450 milhões, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (17) pela Secretaria de Comércio Exterior e mapeados pela fintech Vixtra.

De acordo com o levantamento, o aumento foi impulsionado principalmente pela alta na demanda, que teve um crescimento de 27% no volume de pneus importados em peso, totalizando um aumento de 29 mil toneladas em relação ao primeiro trimestre de 2022, chegando a um patamar de 138 mil toneladas. Apesar do crescimento no volume importado, houve uma queda de 8% em valor quando comparado com o último trimestre de 2022, quando foram importados US$ 488 milhões.

“Após uma retração em 2020 por causa da pandemia, o Brasil vem registrando um crescimento contínuo desde 2021, quando, dentre outras ações, o governo decidiu reduzir a alíquota de importação dessa classe de produtos”, explicou Leonardo Baltieri, co-CEO da Vixtra. “Apesar do cenário ainda incerto e desafiador, a reabertura das economias globais, mesmo que de forma gradual, contribuiu para que tivéssemos um aumento na demanda”, completou.

No período, os principais países exportadores de pneus para o Brasil foram a China (com 35,3% de participação), o Vietnã (12,6%), os Estados Unidos (9,1%), a Índia (8,3%) e o Japão (5,6%), que juntos concentram mais de 70% das importações brasileiras de pneus no primeiro trimestre de 2023.

Recentemente, o Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu fixar uma tarifa de 16% para a importação de pneus de carga, revogando uma norma anterior que havia zerado a tarifa para a importação de cinco modelos do item.

Para Baltieri, a imposição da tarifa pode desestimular a compra de pneus importados, aumentando o custo para os consumidores brasileiros. “A fixação da alíquota pode reduzir a compra desses produtos e comprometer o negócio de muitas PMEs. Evidentemente, há uma pressão da indústria nacional para o restabelecimento dessas taxas como forma de manter a competitividade. É preciso conciliar ambos os interesses. A imposição de impostos sobre produtos importados precisa ser devidamente planejada para não desestimular a compra desses produtos e servir de protecionismo à indústria nacional. Em último caso, se não houver um planejamento adequado, todos podem sair prejudicados, inclusive o consumidor final. Portanto, é necessário cautela com a implementação de tais medidas”, concluiu.

Compartilhe

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

- Informações atualizadas a cada 10 minutos
- Gráfico mostra valor fechado do dia

Pergunte para a

Mônica

Pergunte para a

Mônica.

[monica]
Pesquisar

©2017-2020 Money Report. Todos os direitos reservados. Money Report preza a qualidade da informação e atesta a apuração de todo o conteúdo produzido por sua equipe.