A gigante chinesa de equipamentos de telecomunicações Huawei Technologies obteve uma licença na China que lhe permite buscar capital externo, enquanto trabalha para reforçar seu fornecimento de chips de silício diante da pressão dos EUA.
Os Estados Unidos, que alegam que o equipamento da Huawei pode ser usado por Pequim para espionagem, impuseram sanções à empresa que cortou o fornecimento de muitos chips no exterior e efetivamente a impediu de construir seus próprios. A Huawei negou repetidamente essas alegações.
A Habo Investments, criada pela Huawei em abril de 2019, registrou-se na Asset Management Association of China como gestora de fundos privados em 14 de janeiro, de acordo com um registro oficial, permitindo buscar investidores de fora da empresa. Mas com ¥ 3 bilhões (US$ 472,29 milhões) em capital registrado, o Habo fechou pelo menos 20 acordos de participações em empresas de tecnologia chinesas desde sua criação, mostraram registros públicos.
Seu mais recente alvo de investimento é a Kaihong, com sede em Shenzhen, especializada em oferecer sistemas operacionais para a Internet das Coisas. Na semana passada, o Habo investiu 100 milhões de yuans em Kaihong por uma participação de 20%.
A Habo foi criada em resposta ao que o presidente rotativo da Huawei, Guo Ping, descreveu em 2020 como “supressão” pelos Estados Unidos. A maioria dos negócios da Habo Investment foi em startups chinesas relacionadas a chips, algumas das quais se tornaram parte da cadeia de suprimentos da Huawei. Em dezembro, o presidente rotativo da Huawei, Guo Ping, disse aos funcionários que a empresa espera que a receita de 2021 diminua quase 30%, para ¥ 634 bilhões (US$ 99,48 bilhões).