A empresa prevê fechar 2024 com um faturamento global próximo a R$ 8 bilhões, crescimento de 14% em relação ao ano anterior
O Grupo Stefanini anunciou nesta quinta-feira (28) um plano de investir R$ 2 bilhões até 2027 em inteligência artificial (IA) e aquisições de empresas (M&A). A decisão está alinhada ao crescimento da IA no mercado global, impulsionado pela popularização da IA generativa nos últimos anos.
A empresa prevê fechar 2024 com um faturamento global próximo a R$ 8 bilhões, representando um crescimento de 14% em relação ao ano anterior. Segundo Marco Stefanini, CEO global e fundador da companhia, a IA tem desempenhado um papel crucial na transformação digital das empresas. “Fomos pioneiros, temos histórico e sabemos como auxiliar os clientes em todas as fases dessa jornada”, afirmou.
Desde 2018, a Stefanini trabalha com modelos de aprendizado avançado, como os Large Language Models (LLMs), e tem integrado IA em áreas como cibersegurança, marketing, indústria 4.0 e tecnologias financeiras. Mais recentemente, a empresa lançou a plataforma Stefanini Artificial Intelligence (SAI), que utiliza os melhores LLMs disponíveis para ajudar empresas a personalizar e otimizar seus processos.
Para Marco Stefanini, a adoção estratégica é essencial para extrair valor da IA. “Qualquer tecnologia deve ser utilizada somente se resolver um problema real das pessoas. É por isso que os executivos devem procurar parceiros que possam auxiliar em todo o processo. A IA vai muito além de simplesmente usar prompts; trata-se de gerar agilidade e eficiência para viabilizar estratégias de negócios.”
Aplicações práticas
A empresa já apresenta mais de 250 casos de uso da tecnologia. Entre os destaques:
- Resposta a ameaças cibernéticas e prevenção de fraudes financeiras.
- Automação de processos, como análise jurídica e triagem de currículos.
- Personalização no atendimento ao cliente e otimização de rotas logísticas.
Em um projeto com um grande banco brasileiro, a IA permitiu dobrar a receita com a comercialização de um produto. Outra iniciativa reduziu em 76% o tempo de execução de demandas jurídicas, elevando a eficiência operacional.
Segundo Fabio Caversan, vice-presidente de Inovação e Negócios Digitais, muitas empresas enfrentam desafios para obter retorno imediato da IA, mas a solução depende de uma abordagem estratégica. “Antes de iniciar um projeto de IA, é fundamental identificar o problema a ser resolvido, avaliar os riscos e considerar as possibilidades. Caso a IA se mostre a melhor opção, é hora de avançar para a implementação da tecnologia”, explicou.
Ele também destacou a importância de parcerias especializadas para superar o chamado “vale da desilusão”, conceito que descreve o momento em que as expectativas sobre uma nova tecnologia não se traduzem em resultados concretos. “A velocidade de adoção da IA entre as pessoas é mais rápida que no ambiente corporativo. Nossa abordagem é de parceria, ajudando os clientes a superarem desafios.”