Petrolífera propõe aumentar o dividendo para 52 cêntimos e quer gastar € 500 milhões a recomprar ações ao longo deste ano
A Galp Energia praticamente duplicou os lucros em 2022, ano que ficou marcado pela crise energética e pelo início da guerra na Ucrânia. O resultado líquido da petrolífera foi positivo em € 881 milhões, o maior da sua história e um crescimento de 93% face ao ano anterior. Observando só o desempenho do quarto trimestre, os lucros da Galp cresceram 143% em termos homólogos, para € 273 milhões.
Diante deste resultado, comunicado nesta segunda-feira (13) à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a administração da companhia propõe distribuir um dividendo bruto de 52 cêntimos por ação, que compara com os 50 cêntimos pagos sobre o exercício do ano prévio, e executar um programa de recompra de ações de € 500 milhões ao longo do ano de 2023. Em setembro, já tinha distribuído um dividendo intercalar de 26 cêntimos.
A Galp anunciou também à CMVM que desinvestirá nos ativos upstream (produção/exploração) em Angola. A empresa informa ter assinado um acordo com a SOMOIL – Sociedade Petrolífera Angolana para a venda dos mesmos e espera receber cerca de US$ 830 milhões pela venda, líquidos de impostos. A transação deverá ficar fechada no segundo semestre de 2023.
Quanto ao quarto trimestre do ano passado, a Galp destacou a sua “performance operacional robusta”, com um EBITDA ajustado de € 951 milhões, um crescimento de 48% em relação ao período homólogo.
No último trimestre do ano passado, o EBITDA ajustado do ‘upstream’ da Galp foi de € 791 milhões, tendo crescido 33%, em termos homólogos, “suportado por uma ‘performance’ operacional melhorada e pelo ambiente favorável nos preços do petróleo”, destacou a Galp.
Por outro lado, nas renováveis e novos negócios, a Galp obteve um EBITDA ajustado de € 17 milhões, tendo a capacidade instalada nas renováveis atingido 1,4 GW (gigawatts).