Após um ano de negociações, a cearense Betânia Lácteos e a família Antunes, controladora da Embaré (dona da marca Camponesa), fecharam um acordo de fusão. O capital será de R$ 1,7 bilhão, com faturamento estimado para 2022 de R$ 4 bilhões. A operação foi confirmada em comunicado no início da noite desta terça-feira (26). A nova companhia pretende ganhar mercado em regiões de baixa presença, como o Sudeste e o Norte, além de fortalecer a linha de queijos. No longo prazo, o plano é liderar um processo de consolidação no segmento lácteo brasileiro — que coleciona histórias de fracassos de quem de propôs a isso. A transação é assessorada pelo fundo de private equity Arlon.
Bruno Girão ficará na presidência da companhia e a família Antunes indicará o diretor financeiro. No conselho de administração, dois representantes dos Girão, dois dos Arlon e dois dos Antunes. Haverá ainda um membro independente. De acordo com Girão, as empresas tem portfólios complementares. Enquanto a Betânia é forte em produtos líquidos, como leite UHT e iogurtes, a Embaré tem força maior no leite em pó.
A união resultará em uma empresa que disputará com a Nestlé o segundo lugar no ranking de captação de leite . A liderança é da Laticínios Bela Vista, a marca Piracanjuba.