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Exame: O plano da Simple Organic para crescer nas farmácias

Com embalagens maiores e preços acessíveis, marca nativa digital quer conquistar mais clientes. Expectativa é que o varejo farmacêutico passe a representar 25% das vendas

Você provavelmente já ouviu que cosméticos limpos, aqueles sem parabenos e veganos, são mais caros, pouco acessíveis ou têm eficácia duvidosa. A publicitária Patrícia Lima tem trabalhado há pelo menos oito anos para desmistificar este mercado.

Queridinha da geração Z, a marca de cosméticos Simple Organic está lançando uma nova linha de produtos com embalagens maiores e preços competitivos. O objetivo é simples: aumentar as vendas no varejo farmacêutico, onde a sócia majoritária Hypera Pharma tem ajudado a marca a crescer nos últimos anos.

“Quero tornar a beleza sustentável mais acessível e democrática. Com a Hypera, conseguimos entrar nas farmácias e ganhar escala sem aumentar os preços”, diz a CEO Patrícia Lima.

Cinco produtos da linha Revolution já estão à venda no e-commerce e em 2.500 lojas das principais redes de farmácias do país, como Raia Drogasil e Pague Menos. Gel de limpeza com trio de ácidos e acelerador de hidratação estão entre os cinco lançamentos que variam entre R$ 65 e R$ 89, os preços mais baixos praticados pela marca até o momento. Outros quatro produtos da linha devem ser lançados nos próximos meses.

Com os frascos maiores, a ideia é que as vendas no varejo farmacêutico aumentem de 15% para 25% — superando o resultado das 29 franquias da marca. A liderança entre os canais segue no meio digital, onde a marca tem uma base sólida de clientes e concentra mais da metade das vendas. Só no Tiktok são 1,2 milhão de seguidores.

A Simple Organic não divulga o faturamento, apenas informa que cresceu treze vezes desde que a Hypera se tornou sócia majoritária do negócio, em 2020. A fundadora conta que para desapegar do negócio, ela deixou passar mais de dez propostas de vendas até fechar com a farmacêutica. Fundada em 2016, a marca de cosméticos nasceu depois de uma viagem internacional da publicitária. “Vi na Califórnia uma beleza natural de uma maneira que não existia no Brasil, com fórmulas limpas e minimalistas”, diz.

A sede da marca segue em Florianópolis, Santa Catarina, onde concentra seu laboratório, dois centro de distribuição e escritório. “Nossa produção é verticalizada. Temos um time especializado no desenvolvimento de cosméticos e produtos de skin care limpos”.

A Hypera também impulsionou a presença da Simple Organic numa área até então pouco explorada: os consultórios médicos. Com um time grande de representantes espalhados pelo Brasil, as prescrições médicas têm levado novos consumidores às farmácias em busca de produtos da marca.

“Expandimos de forma significativa a presença da Simple Organic no varejo farmacêutico nos últimos meses para atendermos a demanda proveniente das prescrições médicas. Agora vamos expandir o portfólio com a linha Revolution, que irá atender várias categorias presentes nas farmácias em que ainda não atuávamos”, diz Vivian Angiolucci, diretora-executiva da unidade de negócios skincare da Hypera Pharma.

Cenário atual

A Simple Organic aparece como uma das marcas poderosas da companhia em sua última apresentação institucional, ao lado de marcas como Engov, Buscopan e Neosoro. “No ano passado crescemos 70% e as expectativas futuras são positivas, afinal o mercado de beleza cresce muito no país e somos um negócio nativo do digital que se une com sustentabilidade”, diz Lima.

No quarto trimestre de 2023, a receita líquida da Hypera caiu 13%, para R$ 1,85 bilhão nos últimos três meses do ano, refletindo principalmente o recuo nas vendas de antigripais, para febre e analgésicos que representam um terço das vendas da companhia (contra 10% no mercado farmacêutico). No seu guidance para 2024, a Hypera prevê crescimento de 9% em receita, para R$ 8,6 bilhões, alta de 13% na EBITDA, para R$ 3 bilhões, e avanço de 8,4% no lucro líquido para R$ 1,85 bilhão.

O movimento de posicionar marcas nativas digitais em farmácias não é necessariamente novo. A Sallve, marca da blogueira Julia Petit, é um exemplo. Com uma comunicação direta com seus consumidores digitais, a marca desenvolve produtos, ou pelo menos tenta, com base em suas demandas — e tem posicionado seus produtos com embalagens coloridas nas prateleiras das farmácias também.

Resta saber se a proposta de cosméticos limpos da Simple Organic vai se destacar, de fato, nas prateleiras das farmácias e atingir novos públicos com potões e preços acessíveis. “Os produtos com volumetria maior vão competir com grandes nomes do mercado de beleza. Nosso diferencial é oferecer uma formulação limpa e sustentável”, diz a CEO.

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Por Isabela Rovaroto

Publicado originalmente em: bit.ly/4baCfgS

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