Ganho foi impulsionado por queda de despesas e alta de receitas
O Citi superou as expectativas do mercado e anunciou nesta terça-feira (15) um lucro líquido de US$ 4,1 bilhões no primeiro trimestre de 2025, resultado 21% superior ao registrado no mesmo período do ano anterior. O bom desempenho foi impulsionado por uma combinação de menores despesas e crescimento de receita em todas as áreas de atuação do banco, apesar do aumento nos custos com crédito.
A receita total do banco subiu 3% na comparação anual, alcançando US$ 21,6 bilhões, também acima das estimativas de analistas consultados pela FactSet, que previam US$ 21,3 bilhões. Já o lucro por ação foi de US$ 1,96, superando a projeção de US$ 1,85. Após a divulgação dos resultados, as ações do Citi subiram 0,90% nas negociações do pré-mercado em Nova York.
Entre os destaques do trimestre, o segmento de mercados registrou alta de 12% na receita, somando US$ 5,99 bilhões, impulsionado pela forte atividade dos clientes e pela monetização eficiente. A área de banco de investimento também teve desempenho expressivo, com crescimento de 12% na receita, atingindo US$ 1,95 bilhão — destaque para o faturamento com fusões e aquisições, que quase dobrou em relação ao mesmo período de 2024.
Na gestão de patrimônio, o avanço foi ainda mais robusto: aumento de 24% nas receitas, que totalizaram US$ 2,1 bilhões, com crescimento consistente em todos os segmentos de clientes atendidos.
Apesar dos números positivos, o Citi viu seu custo de crédito subir 15%, para US$ 2,7 bilhões, devido principalmente ao maior volume de provisões para perdas relacionadas à deterioração do cenário macroeconômico.
A CEO do banco, Jane Fraser, avaliou o desempenho do trimestre como sólido, destacando a execução consistente da estratégia da instituição. “Entregamos um trimestre forte, marcado por impulso contínuo, alavancagem operacional positiva e retornos aprimorados em cada um dos nossos cinco negócios”, afirmou. Ela reforçou a confiança na resiliência do modelo de negócios do Citi em diferentes contextos econômicos e reiterou a força da economia americana. “Os Estados Unidos ainda serão a principal economia do mundo, e o dólar continuará sendo a moeda de reserva global”, concluiu.