Maior desastre natural da história do estado já impacta resultados e levanta preocupações com outros setores

As fortes chuvas que assolam o Rio Grande do Sul desde a última semana já causaram pelo menos 83 mortes e 111 desaparecidos, além de prejuízos materiais ainda incalculáveis. O estrago, considerado o maior desastre natural da história do estado, também afetou as operações de diversas empresas de capital aberto, com paralisações e projeções de perdas.

Empresas com operações paralisadas:

• Marcopolo: produção na fábrica de Ana Rech suspensa por tempo indeterminado.
• Weg: fábrica em Canoas paralisada e retomada gradual da produção está em avaliação.
• Braskem: produção na unidade de Camaçã afetada por inundações, mas sem impacto significativo na produção total.
• Gerdau: produção na unidade de Rio Grande e na Usina de Aços Especiais em Charqueadas paralisadas.
• Rumo: circulação de trens na Operação Sul parcialmente interrompida, com impactos ainda em avaliação.
• Azul: voos cancelados em Porto Alegre e região.
• GOL: voos cancelados em Porto Alegre e região.
• 3TENTOS: duas unidades comerciais em Porto Alegre afetadas por inundações.
  
  

Pelo período de silêncio, os executivos ficam restritos a comentarem sobre suas operações dias antes da divulgação de balanços. Mais companhias, portanto, devem reportar impactos em suas operações no Rio Grande do Sul, conforme os resultados forem sendo divulgados.

Outras empresas com possíveis impactos

Embora nenhuma empresa do varejo tenha relatado danos diretos até o momento, analistas do Bradesco BBI alertam para possíveis efeitos significativos em algumas companhias. A principal preocupação reside na extensa rede de lojas presente no estado, que pode ser severamente afetada pelas inundações e pela interrupção de serviços essenciais.

• Lojas Quero-Quero: Com cerca de 54% de suas lojas no Rio Grande do Sul, a Quero-Quero é considerada a empresa mais exposta ao desastre, especialmente em áreas rurais que sofreram os maiores impactos.
• Carrefour Brasil: 11% das lojas da rede estão localizadas no estado, o que coloca a empresa em segundo lugar em termos de exposição.
• Petz: Com 6% de suas lojas no Rio Grande do Sul, a Petz também pode sofrer perdas consideráveis, especialmente devido à interrupção do fornecimento de produtos e serviços.
• BRF: 5 unidades operacionais, 6 centros de distribuição, 2 fábricas de ração animal e 1 operação de pet food no estado, além do uso do porto de Rio Grande. Impacto no ebitda do segundo trimestre estimado entre 2% e 9%.
• Empresas de soja: 24% da área de soja no estado ainda precisa ser colhida, o que pode afetar os volumes transportados pela Rumo.
  

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