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Técnico suíço Petkovic diz não ter interesse em futebol bonito contra o Brasil

Por Richard Martin

ROSTOV (Reuters) – O técnico da Suíça, Vladimir Petkovic, disse que sua equipe precisa estar preparada para vencer de maneira feia na partida de estreia na Copa do Mundo pelo Grupo E, no domingo, contra o Brasil e sua talentosa linha ofensiva, liderada por Neymar.

A Suíça há tempos tem uma reputação de ser difícil se ser derrotada, sem jogar o futebol mais entusiasmante, e a equipe tem se mostrado especialmente robusta nos últimos dois anos, perdendo somente uma vez em 22 jogos, para a seleção campeã europeia de Portugal.

É um histórico similar ao da seleção brasileira, pentacampeã mundial, que venceu 17 dos 21 jogos sob comando de Tite e é uma das favoritas para levantar o troféu.

“Nós não estamos aqui para fazer uma partida bela, mas para vencê-la”, disse Petkovic em entrevista coletiva na sexta-feira na Rostov Arena.

“Nós tentaremos ter a maior organização possível, você precisa provocar um time como o Brasil a cometer erros para que você possa criar oportunidades, esta é a mentalidade que você precisa ter, porque você precisa marcar um ou dois gols para vencer o jogo”.

O capitão Stephan Lichtsteiner jogou contra Neymar pela Juventus quando o atacante estava no Barcelona, e disse que não é possível focar somente em manter sob controle o jogador mais caro do mundo.

“É praticamente impossível neutralizar Neymar completamente por 90 minutos, ele é o jogador mais completo no mundo nesta posição”, disse Lichtsteiner, que recentemente assinou com o inglês Arsenal.

“Nós precisamos usar nossa força, usar nosso laterais mais avançados, nós precisamos fechar os espaços na frente dos jogadores quando confrontarmos jogadores individuais deste nível”.

Petkovic assumiu o comando da Suíça após a última Copa do Mundo, levando a equipe para a segunda rodada da Euro 2016, onde perdeu para a Polônia nos pênaltis, apesar da recente força do time, que subiu para sexto no ranking mundial da Fifa.

    O técnico comentou sobre o calor sufocante em Rostov, onde temperaturas atingiram 32 graus Celsius enquanto seu time estava treinando, um contraste com as condições moderadas da base da seleção em Togliatti, perto da cidade-sede Samara, onde não ficou mais quente que 19 graus.

Lichtsteiner, no entanto, não acha que a mudança de temperatura irá afetar sua equipe e deu uma mensagem contundente de que seus colegas de equipe não devem buscar razões para explicar um resultado ruim contra o Brasil.

“Eu acho que não é tão fácil quanto culpar o clima, não é assim que funciona”, acrescentou. “Nós não estamos buscando desculpas, nós temos uma mentalidade vencedora e vencedores buscam soluções, e não desculpas”.

(Reportagem de Richard Martin)

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