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Seleções menos tradicionais podem sonhar grande na fase de mata-mata da Copa do Mundo

Por Karolos Grohmann

VATUTINKI (Reuters) – Uma final de Copa do Mundo entre Dinamarca e México? Bélgica contra Croácia?

Há alguns meses tais cenários seriam considerados surreais, mas em duas semanas de surpresas no torneio, a possibilidade de países menos tradicionais disputando a principal partida do futebol em 15 de julho em Moscou ganhou mais força.

    Após a surpreendente eliminação na quarta-feira da tetracampeã Alemanha, o mata-mata pode ter mais surpresas do que nunca.

Acrescentando a ausência da Itália, que venceu quatro vezes a competição, e da Holanda, três vezes finalista, que não conseguiram se classificar, as oitavas de final têm uma sensação estranha. As ausências de Itália, Alemanha e Holanda deixaram um vazio raro.

    Com isso, na parte de baixo do chaveamento das oitavas de final, países sem um único triunfo na Copa do Mundo, como Suíça, Rússia, Suécia, Croácia, Dinamarca e Colômbia, têm todo direito de permanecerem esperançosos.

    Um deles deve avançar até a semifinal ou além, com Espanha, campeã de 2010, e Inglaterra, campeã de 1966, sendo as únicas forças estabelecidas nesta metade do chaveamento.

    A Espanha enfrenta a anfitriã Rússia em sua partida nas oitavas de final.

A Suíça, que em 1954 avançou às quartas de final, em sua melhor performance, enfrenta a Suécia, cuja melhor performance – uma final – aconteceu quando sediou a Copa do Mundo, há 60 anos.

    A Croácia, semifinalista em 1998 e em ótima forma até o momento na Rússia, enfrenta a Dinamarca. A Colômbia, líder do Grupo H, enfrenta a Inglaterra.

    A parte de cima do chaveamento está repleta de quase todas as potências restantes, com a bicampeã Argentina, finalista em 2014, enfrentando a França, campeã de 1998.

    O Brasil, pentacampeão, enfrenta o México. Já o Uruguai disputa com Portugal, atual campeão europeu.

O que é certo para esta metade é que alguns ex-campeões não chegarão às semifinais.

    Com torcedores de futebol se queixando há anos sobre o esporte estar dominado por alguns times, tanto em nível de clubes, quanto internacionalmente, esta Copa do Mundo certamente usufrui de novos ares soprando para a fase de mata-mata.

    Com as seleções com menor ranqueamento mostrando muito mais consistência e a diminuição da diferença de qualidade com os favoritos, há uma chance de a Copa do Mundo mudar o eixo global do futebol.

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