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Quebrada sustentável; turismo suruí; Hamburgo “esponja”; Zara + transparente

Boletim de MONEY REPORT sobre questões ambientais, sociais e de governança no mundo dos negócios

Investidores pressionam Zara por transparência

Investidores querem que a dona da Zara, Inditex, torne sua lista completa de fornecedores pública para que possam ser melhor avaliados os riscos na cadeia de fornecimento. A Inditex publica anualmente o número de fornecedores de quem obtém produtos em 12 países, mas não fornece informações sobre fábricas individuais. Os varejistas de roupas estão sob pressão para provar que não há trabalho forçado em suas cadeias de fornecimento e que a remuneração dos trabalhadores é adequada. Marcas como Adidas, H&M, Hugo Boss, Nike, Primark e Puma já publicam listas detalhadas de fornecedores, incluindo nomes e endereços das fábricas.

Aulas de ESG na periferia ajudam a manter empregos

Associação filantrópica dedicada à inclusão de adolescentes e jovens periféricos no universo do trabalho, o Ensino Social Profissionalizante (Espro) mantém parcerias ativas com mais de 1,4 mil empresas no Brasil (BMW, Mercado Livre, Leroy Merlin, Basf). Para funcionar, é preciso onde estão os jovens. Nesta semana, a entidade dá cursos sobre questões ambientais, sociais e de governança (ESG) na Brasilândia, periferia da zona norte paulistana. Pode parecer que estas demandas estão distantes do público mais carente, porém é uma abertura de portas. Quanto mais informação e formação melhor. De acordo com a entidade, quase 80% dos aprendizes da geração Z seguem empregados um ano após a primeira experiência.

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Hamburgo quer ser “permeável” aos extremos climáticos

Segunda maior cidade da Alemanha, centro portuário e financeiro, Hamburgo se prepara para lidar melhor com os extremos climáticos, em especial as chuvas intensas, que causam alagamentos com maior frequência e intensidade que antes. No lugar de concreto e cimento que jogam as águas das ruas para o sistema de escoamento pluvial e canais que transbordam, a intenção é criar áreas de infiltração, telhados verdes, pavimentos permeáveis e reservatórios públicos e residenciais. A água captada permanecerá para ser usada para regar gramados e áreas verdes durante períodos de seca, ajudando a regular a temperatura em dias de calor. Foram instalados 30 pluviômetros para medir as chuvas em diferentes pontos da cidade. Assim será possível estabelecer onde a empresa municipal de águas construirá os piscinões mais adequados ao novo modelo de planejamento urbano.

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Suruís criam primeira agência etnoturística do Brasil

Com um território de 224 mil hectares, comunidades da Terra Indígena Sete de Setembro, do povo paiter suruí, em Rondônia, se preparam para lançar o projeto Yabnaby – Espaço Turístico Paiter Suruí, a primeira agência indígena de etnoturismo criada e mantida por um povo originário da Amazônia. O etnoturismo é uma modalidade turística em que os viajantes conhecem de perto a vida, os costumes e a cultura de um determinado povo que mantenha fortes tradições e modos de viver.

Os visitantes poderão tomar banho de rio, conhecer a comida e a medicina tradicional, participar de danças, contação de histórias, passeios de barco, trilhas na floresta e de atividades produtivas. O modelo de negócio prevê também a criação de uma plataforma de visitas virtuais

A agência foi idealizada por Almir Suruí. A previsão é que esteja em operação no início de 2025, com representação em Porto Velho (RO). O projeto foi um dos selecionados para receber investimento do Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio), no valor de R$ 522 mil. O dinheiro servirá à elaboração do plano estratégico de negócio.

Pesquisa no Xingu mapeia como agro atinge oferta de água

Como conciliar a expansão das fronteiras agrícolas com a manutenção das bacias e a integridade do ciclo hidrológico? E como isso tem ligações com a segurança alimentar? A busca por essas respostas moveu a pesquisadora Márcia Macedo a desenvolver um estudo de longo prazo em dez microbacias do Rio Xingu, no Mato Grosso. Foi a partir do Projeto Tanguro, do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), na cidade de Querência, que a pesquisadora começou a analisar cursos d’água que cruzam terras de usos diversos. “A gente pode comparar bacias florestadas, ou seja, integrais, e bacias com agricultura intensiva”, explica. Ela constatou o que já era esperado: “As florestas usam muita água. Ao longo do ano todo, elas bombeiam essa água do solo à atmosfera, em um processo que se chama evapotranspiração. As áreas de lavoura usam muito menos água e por menos tempo”. Como resultado, as áreas de intenso plantio permitem que a água seja drenada, o que aumenta as temperaturas e até seque córregos por onde fluem.

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