Iniciativas da Grupo Boticário e da Eletromidia abordam a falta de pesquisas sobre o corpo feminino e resgatam a luta histórica do movimento feminista
No Dia Internacional da Mulher, celebrado neste sábado (8), o Grupo Boticário e a Eletromidia apresentam campanhas que reforçam questões urgentes sobre a representação e os direitos femininos.
Grupo Boticário destaca a falta de estudos sobre o corpo feminino
O Grupo Boticário lançou nesta sexta-feira (7) a campanha “#PesquiseMeuCorpo”, criada pela agência GUT. A iniciativa aborda a escassez de pesquisas científicas sobre o corpo feminino, contrastando com a constante objetificação e monitoramento da imagem das mulheres. O comercial da campanha exibe exames de imagem das atrizes Deborah Secco, Isabelle Drummond e Zezé Motta, representando diferentes faixas etárias, para enfatizar a importância de mais estudos voltados ao bem-estar feminino.
Além da veiculação em mídias tradicionais e digitais, a campanha também contará com uma estratégia no Google Ads, exibindo anúncios direcionados a pesquisas relacionadas ao corpo feminino, conduzindo os usuários ao site do recém-anunciado Centro de Pesquisa da Mulher. O Grupo Boticário investirá R$ 13 milhões em pesquisas científicas em 2025, fortalecendo seu compromisso com a causa.
A campanha também terá destaque internacional, sendo apresentada em uma palestra no South by Southwest (SXSW) 2025, evento de inovação e criatividade que ocorre de 7 a 14 de março em Austin, Texas.
“As mulheres sofrem com a objetificação de seus corpos, mas há um grande vácuo de estudos científicos sobre eles. Queremos chamar atenção para essa realidade e incentivar mudanças”, afirmou Mellina Fontoura, diretora de criação da GUT.
Eletromidia leva cartazes feministas à Avenida Paulista
Já a Eletromidia, em parceria com a agência BETC Havas, lança a campanha “Cartazes da Resistência”, que trará à Avenida Paulista registros históricos do movimento feminista.
Painéis estrategicamente posicionados próximos ao Museu de Arte de São Paulo (MASP) e em ruas adjacentes exibirão fotografias da documentarista Rosa Gauditano, uma das poucas fotógrafas mulheres da década de 1980. As imagens retratam manifestações históricas, como o protesto contra o assassinato de Eliane de Grammont em 1981 e a mobilização do grupo SOS Mulher no mesmo ano. Alguns dos cartazes abordam ainda a luta por igualdade salarial.

Além da exposição, o público que passar pelo local poderá retirar os cartazes e levá-los para casa. A campanha também contará com um site interativo, onde serão disponibilizadas as imagens, histórias por trás das fotografias e depoimentos de ativistas como a educadora social Maria Clara Queiroz e a socóloga Jacqueline Pitanguy, que teve papel fundamental na inclusão dos direitos femininos na Constituição de 1988.
