Um dos resultados do Painel Intergovernamental da ONU sobre Mudança Climática, IPCC, ocorrido em Londres, em 25 e 26 de julho, é o plano liderado pela Alemanha e Canadá para angariar US$ 100 bilhões anuais entre os países desenvolvidos para ajudar a mitigar os efeitos das mudanças climáticas. O principal objetivo é manter a elevação da temperatura média global abaixo de 1,5ºC até 2050. Mais do que debates e boas intenções, os representantes de ambos os países deixaram claro que apresentar ações mais concretas para a Cúpula do Clima da ONU, a COP26, que vai correr em Glasgow, Escócia, em novembro.
O principal ponto é acabar com o uso do carvão e suas formas de financiamento, além de limitar o emprego de combustíveis fósseis. Os representantes nacionais aguardam a próxima cúpula dos líderes do G20, que devem ocorrer na Itália, em 30 e 31 de outubro, para avançar com essas propostas a partir de protocolos de colaboração.
O presidente da COP26, Alok Sharma (imagem), que é chefe de gabinete do primeiro-ministro conservador britânico, Boris Johnson, saudou o progresso, mas enfatizou que é necessário mais trabalho, particularmente em finanças, adaptação e outras questões cruciais.
Foi a primeira vez que o IPCC realizou uma sessão virtual para aprovar um documento, o que foi necessário devido ao impacto da pandemia de Covid-19. Se for aprovado, o relatório será oficialmente lançado em 9 de agosto. O documento do painel foi assinado por 234 pequisadores.