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Cai o desmatamento; em Cannes; estagiários pretos; anti-ESG

Boletim de MONEY REPORT sobre questões ambientais, sociais e de governança no mundo dos negócios

Área desmatada no Brasil cai, mas Cerrado preocupa

Mais da metade de toda a área desmatada no Brasil em 2023 é do Cerrado, apontou o Relatório Anual do Desmatamento (RAD) do MapBiomas, divulgado na terça-feira (28). Pela primeira vez desde o início da série histórica, em 2019, a savana brasileira foi mais atingida que a Amazônia, perdendo 1.110.326 hectares no ano passado, um crescimento de 68% em relação a 2022. Já a floresta tropical amazônica, a área de vegetação suprimida foi de 454,3 mil hectares – uma queda de 62,2% em relação a 2022. Em 2023, houve uma queda de 11,6% na destruição, com um total de 1.829.597 hectares atingidos. Em 2022, foram 2.069.695 hectares. Essa redução se deu apesar de um aumento de 8,7% na quantidade de alertas.

Dos 8.558.237 hectares de vegetação suprimidos desde 2019, 97% foram para a expansão agropecuária. A área é equivalente a duas vezes o estado do Rio de Janeiro


Resistência anti-ESG quer seu lugar ao sol

Em Wall Street segue a onda longa que desafia a narrativa inabalável – em tese – da sustentabilidade nos investimentos. Não se trata de um retorno ao passado, mas tampouco é um movimento excêntrico. Há empresas muito lucrativas fabricando armas individuais, produzindo energia em larga escala a partir de combustíveis fósseis, processando tabaco, álcool, financiando cassinos ou sites de apostas. Só nos últimos dois anos foram criados 21 fundos considerados anti-ESG. A movimentação foi de US$ 2,1 bilhões em março (últimos dados disponíveis). São um grão de areia comparado aos US$ 270 bilhões dos fundos sustentáveis no período. Mas como dinheiro é dinheiro, nenhum centavo acaba desprezado. 

As máscaras voltaram, mas não é culpa da covid

Os hondurenhos voltaram a usar máscaras e readotaram o trabalho remoto voluntariamente devido à intensa poluição do ar causada por incêndios florestais, informaram as autoridades locais. “Se você sair [de casa], use uma máscara” e “Sua saúde vem em primeiro lugar” são as recomendações emitidas pelo Ministério da Saúde em sua conta no X, enquanto a agência de gerenciamento de risco Copeco declarou “alerta vermelho” esta semana em seis dos 18 departamentos de Honduras.

Anomalia sobre o Brasil cresce e preocupa a NASA

Um relatório da Agência Nacional de Inteligência Geoespacial (NGA) dos EUA, em parceria com o Centro Geográfico de Defesa (DGC) do Reino Unido, revelou que a Anomalia do Atlântico Sul (AAS), uma região onde o campo magnético da Terra é mais fraco, está crescendo. Essa falha que cobre parte do Brasil e do sul do Oceano Atlântico é monitorada pela Nasa devido aos seus potenciais efeitos nas telecomunicação via satélite. De acordo com o relatório, a intensidade do campo magnético na AAS é cerca de um terço da média global. Embora a causa exata ainda seja desconhecida, os pesquisadores observaram que há uma expansão rumo ao oeste, na direção do Pacífico (como mostra a simulação). Entre 2020 e 2024, estima-se que a área da AAS tenha aumentado em aproximadamente 7%. Não existem riscos aparentes à saúde humana, porém os “danos de radiação a satélites”, podem encurtar a vida útil do aparelhos, que custam milhões de dólares.



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Brasileiras apresentam ferramenta de negócios sustentáveis em Cannes

As empreendedoras brasileiras Dilma Campos, Erlana Castro e Paula Trabulsi vão apresentar no Festival de Criatividade de Cannes o seu Business Model (RE)Generation Canvas, uma adaptação do consagrado ESG do Business Model Canvas (BMC). Esta ferramenta busca acelerar a transformação dos negócios ao incorporar os princípios ESG, defendendo a ideia de que lucro e regeneração podem coexistir e que esses preceitos devem ser um foco essencial nos negócios contemporâneos. A proposta central é a de que os negócios devam não só ser rentáveis, mas também resolver os problemas urgentes da sociedade, criando valor para todos os stakeholders por meio de práticas empresariais conscientes, comprometidas e regenerativas.

Investimentos podem alcançar US$ 53 trilhões até 2025

Com a crescente conscientização e exigência por práticas empresariais sustentáveis, os investimentos ESG (ambientais, sociais e de governança) têm se tornado uma peça chave na estratégia de crescimento das organizações. Segundo uma previsão da Bloomberg Intelligence, os ativos sob gestão podem alcançar o impressionante valor de US$ 53 trilhões até 2025, o que destaca a magnitude e a importância do envolvimento empresarial com essas questões.


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Desafios da diversidade corporativa

O papel da diversidade no mundo dos negócios foi um dos temas no primeiro dia da “IX Conferência Internacional de Direitos Humanos” da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), dentro do painel Empresas, Direitos Humanos e Tecnologia. A conferência foi organizada pelo Conselho Federal da OAB, por meio de sua Comissão Nacional de Direitos Humanos, em conjunto com a OAB/SP e neste ano ocorreu em Campinas. Os palestrantes reforçaram que as maiores violações de direitos humanos não são necessariamente praticadas pelo estado, mas, por empresas, organizações privadas, que desrespeitam esses direitos. Portanto, apontaram a necessidade de colocar o tema na pauta e na prática de governança, principalmente em grandes projetos privados.

Negros são 55% dos estagiários

Estudo do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgado na terça-feira (28) destaca um avanço significativo na diversidade entre os estagiários no Brasil: jovens negros (pretos e pardos) agora representam 55% dos estagiários contratados. O resultado reflete as políticas afirmativas de inclusão adotadas por grandes empresas desde 2020, como Magazine Luiza, Itaú, Bayer e Basf, que lançaram programas específicos.

Avanço lento na diversidade empresarial

Apesar do aumento da conscientização sobre diversidade, 58% das empresas avaliam que avançaram pouco ou pouquíssimo no tema nos últimos dois anos, aponta uma pesquisa da to.gather, startup focada em inclusão. Apenas 9,7% das companhias que responderam à pesquisa consideram que houve um ótimo desempenho na agenda. O mapeamento acompanhou que entre os grupos diversos, as mulheres são maioria nas empresas, com 39% da representatividade entre os funcionários. Em seguida estão pessoas pretas e pardas (31%), profissionais acima dos 50 anos (10,9%) e pessoas LGBTQI+ (10,1%). Entre os grupos com menor representação estão pessoas com deficiência (3%), neuroatípicas (2%) e pessoas trans e travestis, com apenas 0,9%.

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