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Apólices de seguros encareceram na América Latina

Aumento na região no fim de 2024 foi impulsionado, sobretudo, pelos desastres naturais ocorridos no Brasil e no México.

Enquanto o mercado global de seguros empresariais registrou queda de 2% nos preços no fim de 2024, a América Latina seguiu na contramão e viu uma alta média de 1%, de acordo com relatório da corretora Marsh Brasil.

O aumento na região foi impulsionado, sobretudo, pelos desastres naturais ocorridos no Brasil e no México. Eventos como as inundações no Rio Grande do Sul e o furacão Otis contribuíram para manter os preços pressionados, mesmo diante de uma tendência global de redução de taxas.

Entre as principais regiões analisadas, apenas América Latina e Caribe, juntamente com Índia, Oriente Médio e África, registraram aumento nos valores dos seguros empresariais no último trimestre do ano passado. O Pacífico liderou as quedas, com recuo de 8%, seguido pelo Reino Unido (-5%), Ásia (-3%), Europa e Canadá (ambos com -2%). Nos Estados Unidos, as tarifas se mantiveram estáveis, após alta de 3% no trimestre anterior.

Apesar da pressão sobre os preços, o relatório destaca uma movimentação positiva no Brasil: o país registrou, no fim de 2024, a primeira queda em mais de seis anos nas taxas de seguros patrimoniais, com recuo de 1%. Isso se deve ao aumento da capacidade global e ao desempenho consistente do setor de seguros e resseguros, mesmo diante dos desastres climáticos.

“A redução nas taxas ainda ocorre de forma lenta, principalmente por causa dos impactos climáticos. Mas observamos uma rápida elevação na oferta de capacidade e consequente redução das taxas, o que demonstra o interesse contínuo dos grandes players no mercado brasileiro”, afirma Silvana Speranza, diretora da Marsh Brasil.

Segundo a corretora, empresas com bom gerenciamento de risco já conseguem contratar seguros com taxas iguais ou até menores que as praticadas um ano antes. Ainda assim, há uma cautela maior do mercado segurador na definição de franquias e limites para áreas com alta exposição a enchentes e outros riscos naturais.

Outros segmentos também apontaram tendências de baixa na América Latina. As taxas de responsabilidade civil de terceiros recuaram, puxadas pelo excesso de capacidade e pela maior concorrência — movimento observado especialmente no Brasil, México, Peru e Chile. Já os seguros de linhas financeiras e profissionais, que cobrem riscos como negligência, erros e omissões, gestão e ataques cibernéticos, tiveram queda de 8% na região.

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