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PIB cresce 4,6% em 2021 e fecha ano em R$ 8,7 trilhões

A melhora foi estimulada pelo avanço da vacinação, que permitiu a reabertura de negócios

A economia brasileira teve alta de 4,6% em 2021, totalizando R$ 8,7 trilhões, apontam dados do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados nesta sexta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado veio próximo das expectativas do mercado financeiro. Analistas consultados pela agência Bloomberg projetavam alta de 4,5%. O IBGE também informou que o PIB avançou 0,5% no quarto trimestre do ano passado, frente aos três meses imediatamente anteriores. Nesse recorte, a estimativa mediana do mercado era de elevação de 0,1%.

De acordo com analistas, a alta de 2021 reflete, em boa parte, o efeito da base de comparação fragilizada, já que a fase inicial da crise sanitária havia derrubado o PIB em 2020.

No ano passado, a melhora do indicador também foi estimulada pelo avanço da vacinação contra a covid-19, que permitiu a reabertura de negócios dependentes da circulação de consumidores. “Boa parte do crescimento em 2021 se deve ao carrego estatístico. Além disso, houve impacto da reabertura da economia. Esses foram os dois fatores principais”, afirma o economista-chefe do C6 Bank, Felipe Salles.

O fôlego de reação do PIB, contudo, tende a ser curto, indicam analistas. É que, após a alta em 2021, o indicador deve desacelerar em 2022.

Projeções para 2022

Apesar do crescimento consistente em 2021, economistas vinham alertando que boa parte do resultado é justificada pela forte baixa vista em 2020, no auge da pandemia. Naquele ano, o avanço da covid-19 levou ao isolamento social em várias regiões do país, prejudicando a atividade econômica.

Com a vacinação, a economia voltou a se aquecer, em especial no setor de serviços, um dos mais atingidos na pandemia.

Apesar disso, existe entre os economistas do mercado financeiro a visão de que o governo ainda não equilibrou as contas públicas, o que afeta a recuperação. Mais recentemente, a guerra entre Rússia e Ucrânia surgiu como um fator que pode prejudicar o crescimento global — incluindo o do Brasil, que é grande importador de fertilizantes russos.

Neste cenário, antes mesmo da divulgação do IBGE, os economistas do mercado financeiro já projetavam crescimento muito menor do PIB em 2022, de apenas 0,3%. O percentual consta no Boletim Focus do Banco Central, que traz uma compilação das estimativas de instituições do mercado.

O Banco Central, por sua vez, vinha projetando crescimento de 1% em 2022. O Ministério da Economia trabalhava com um percentual de 2,1%.

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