As escalas nos preços do petróleo são reflexo da guerra na Ucrânia, que provocou uma série de sanções do Oeste contra a Rússia

O barril do tipo Brent, petróleo de referência na Europa, ultrapassou a barreira de US$ 110, nesta quarta-feira (2). O valor é o maior desde julho de 2014. A alta acontece apesar de um acordo de membros da Agência Internacional de Energia (AIE) para liberar 60 milhões de barris de reservas. O acordo foi feito para estabilizar a reserva da commodity em meio ao conflito entre Rússia e Ucrânia. A ideia é aumentar a oferta do produto para estabilizar a alta dos preços. Ainda assim, a cotação continua subindo.

O aumento de 4,88% do Brent, no entanto, ainda ficou atrás do aumento percentual do barril do tipo WTI, que teve uma alta de 5,06%, a US$ 108,64. O valor também é o maior em sete anos.

As escalas nos preços do petróleo são reflexo da guerra na Ucrânia, que provocou uma série de sanções do Oeste contra a Rússia.

Economia russa sofre

A presidente do Banco Central da Rússia, Elvira Nabiullina, afirmou, na segunda-feira (28), que a situação da economia russa se “alterou dramaticamente”, após mais um dia de sanções contra o país.

A declaração foi feita depois de uma reunião emergencial entre autoridades monetárias para discutir novas medidas de proteção da economia. O rublo terminou a segunda-feira cotado a 101,40 unidades por dólar, após queda de 20%, e a Bolsa de Moscou permaneceu fechada para impedir um dia ainda mais desastroso para a economia.

Ainda na segunda-feira, o BC russo dobrou a taxa de juros de 9,5% para 20% e ordenou que as empresas vendessem 80% de suas reservas em moedas estrangeiras. Também liberou US$ 7 bilhões em reservas separadas como garantia para empréstimos. A economia, no entanto, não respondeu conforme o esperado.

O Sberbank Europe, subsidiária austríaca do maior banco da Rússia, “está falindo ou deve falir” por causa de saques em massa, de acordo com um comunicado do Banco Central Europeu.