Um levantamento da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) divulgado nesta quinta-feira (27) aponta que 83% dos entrevistados estão insatisfeitos com a preservação da Floresta Amazônica. Os principais sentimentos que a atual situação do bioma provocam são: tristeza (24%), indignação (17%), esperança (17%) e medo (11%). O trabalho foi divulgado um dia depois dos três principais bancos do país criarem o Conselho Consultivo da Amazônia, que coordenará medidas para estimular o desenvolvimento sustentável da região.
Na pesquisa da Febraban, ao abordar a importância da floresta, 37% dos entrevistados disseram que consideram a região como o “pulmão do mundo”, ou seja, a floresta é fundamental para a manutenção da qualidade do ar. Já 35% se referiram à floresta como “a maior riqueza natural do Brasil” e 12% consideram que a região é estratégica para a “manutenção do equilíbrio do clima”.
O maior problema são as queimadas e o desmatamento, de acordo com 44% dos entrevistados. Garimpo ilegal, grilagem de terras e tráfico de drogas e armas foram apontados, cada um com 12%, como os maiores desafios à preservação da floresta. A pesquisa ouviu 1,2 mil pessoas de ambos os sexos, com mais de 18 anos e em todas as regiões do país, de acordo com a proporção demográfica e faixas de idade e renda.
Maiores responsáveis pela destruição:
48% acreditam que é a extração de madeira;
14% atribuem à grilagem de terras;
11%, à criação de gado;
11%, ao garimpo ilegal.
Garimpos, punições, reservas:
86% são contra a autorização de garimpos em áreas de reserva;
83% disseram ser favoráveis ao endurecimento das punições;
77% acreditam que o desmatamento aumentou nos últimos anos;
67% são contra a redução das reservas indígenas;
14% consideram que o ritmo de derrubada é o mesmo.