O Índice de Confiança do Comércio (ICOM), divulgado nesta quinta-feira (26) pela Fundação Getulio Vargas, recuou 2,3 pontos em novembro, para 93,5 pontos – em uma escala de zero a 200 pontos. Foi a segunda queda consecutiva do indicador, que vinha de uma retomada consistente dos efeitos da crise do novo coronavírus. A retração foi puxada pela piora da percepção com o momento presente. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) recuou 5,4 pontos, para 99,7 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE-COM) subiu 0,9 ponto, para 87,5 pontos. “O resultado negativo mostra que voltam a surgir obstáculos para recuperação do setor. A piora no mês foi influenciada pela percepção de redução do ritmo de vendas e ligeiro aumento das expectativas em relação aos próximos meses, mas ainda em patamar baixo”, observou Rodolpho Tobler, coordenador da Sondagem do Comércio da FGV IBRE. “A dificuldade na recuperação da confiança do consumidor, a redução dos benefícios do governo e o cenário ainda negativo do mercado de trabalho sugerem que a retomada do comércio ainda pode encontrar mais obstáculos e que o ritmo pode ser mais lento do que o observado nos últimos meses”, completou Tobler.