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Juro do rotativo é ‘distorção’, diz presidente da Febraban

Isaac Sidney destacou a necessidade de encontrar soluções que envolvam vários participantes

A discussão sobre os juros incidentes no crédito rotativo do cartão atraiu atenção nesta semana após o Banco Central comunicar sua avaliação de alternativas para esse tipo de transação financeira, incluindo a possibilidade de abolir essa modalidade. Durante estes últimos dias, as instituições bancárias trouxeram para os líderes do Senado e da Câmara um estudo que se opõe à ideia de impor limites às taxas de juros.

Isaac Sidney, presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), comentou a proposta apresentada pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto. Ele compartilhou que os bancos estão ativamente engajados nas deliberações, mas sublinhou a necessidade de encontrar soluções que envolvam vários participntes..

Em uma entrevista concedida ao programa Em Ponto, da GloboNews, na manhã desta sexta-feira (11), Isaac Sidney expressou que existe uma distorção nos altos juros vigentes no crédito rotativo do cartão.

“Há um problema sério em relação aos juros elevados no crédito rotativo do cartão de crédito […] Há uma distorção, uma anomalia, uma questão que precisa ser abordada. E é exatamente isso que estamos trabalhando em conjunto com o governo, o Ministério da Fazenda e o Banco Central.”

Em relação à inadimplência no país, Isaac Sidney argumenta que os bancos não podem carregar todo o risco. Ele salienta que a dinâmica do crédito no cartão é intrincada, envolvendo diversos intervenientes, como bandeiras de cartão, bancos tanto privados quanto estatais, comerciantes e consumidores.

“Reconhecemos a necessidade de lidar com esse problema. No entanto, no que diz respeito ao risco associado ao cartão de crédito, não é razoável que, em uma cadeia com cinco participantes, apenas os bancos assumam integralmente a responsabilidade pela inadimplência.”

Os bancos apontam que um dos problemas da indústria de cartão é o famoso parcelado sem juros. Apenas cerca de 25% da carteira de cartão paga juros, ou seja, 75% usam o instrumento sem pagar juros. Quando o cliente não consegue pagar a fatura, vai para o rotativo, onde os juros chegam a 440%, mas a inadimplência também é elevadíssima, de quase 50%.

Na quinta-feira (11), a Febraban havia divulgado nota indicando que até aceita o fim do rotativo – como defendeu o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto – mas alegando que isso precisa vir acompanhando de outras medidas estruturais, incluindo uma discussão sobre o parcelado sem juros.

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