Com o resultado, inflação acumulada no ano chega a 4,70%, após três deflações seguidas
O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial no país, fechou outubro em 0,59%, após três meses consecutivos de deflação — quedas de 0,68%, 0,36% e 0,29%, respectivamente, em julho, agosto e setembro. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado já era esperado, uma vez que o IPCA-15, divulgado no último dia 25, já apontava essa tendência.
Com o resultado, a inflação acumulada no ano chega a 4,7%. Já nos últimos 12 meses, ficou em 6,47%. Em outubro de 2021, a taxa havia sido de 1,25%.
A maior influência no índice geral veio do grupo Alimentação e bebidas, com crescimento de 0,72% e impacto de 0,16 ponto percentual no índice geral. Alguns itens de alimentação no domicílio ficaram bem mais caros, como:
- batata-inglesa: 23,36%
- tomate: 17,63%
- cebola: 9,31%
- frutas: 3,56%
Por outro lado, o leite longa vida (-6,32%) e o óleo de soja (-2,85%) ficaram mais baratos, após registrarem altas consecutivas.
Na sequência das maiores influências estão os grupos de Saúde e cuidados pessoais (1,16% e 0,15 p.p.) e Transportes (0,58% e 0,12 p.p.). Já o grupo Vestuário teve a alta mais intensa, de 1,22%.
“Há um claro contraste, porque alimentação e transportes, os dois grupos de maior peso, tiveram variação negativa em setembro e altas em outubro”, comenta o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.
Oito dos nove grupos tiveram alta
Oito das nove áreas pesquisadas pelo IBGE tiveram alta em agosto. Apenas comunicação registrou deflação. Veja a variação mensal por grupo:
- vestuário: +1,22%
- saúde e cuidados pessoais: +1,16%
- alimentação e bebidas: +0,72%
- transportes: +0,58%
- despesas pessoais: +0,57%
- habitação: +0,34%
- artigos de residência: +0,39%
- educação: +0,18%
- comunicação: -0,48%