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IPCA sobe 0,26% em setembro

A inflação deste mês ficou abaixo das expectativas do mercado, que projetava um incremento de aproximadamente 0,33%

Em setembro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou um aumento de 0,26% em comparação com o mês anterior, após ter apresentado um acréscimo de 0,23% em agosto. Os resultados foram divulgados nesta quarta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

No mesmo período em 2022, a variação do IPCA foi de -0,29%. A inflação deste mês ficou abaixo das expectativas do mercado, que projetava um aumento de aproximadamente 0,33%, de acordo com a mediana das estimativas da Bloomberg.

No acumulado do ano, a inflação atingiu 3,50%, e nos últimos 12 meses, chegou a 5,19%, superando os 4,61% registrados nos 12 meses anteriores.

A meta de inflação para o ano de 2023 é de 3,25%, conforme definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), com uma faixa de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Portanto, para estar em conformidade com a meta, o IPCA pode variar entre 1,75% e 4,75%.

Inflação por grupos

O resultado do mês foi impulsionado pela alta de 2,80% da gasolina, subitem com a maior contribuição individual (0,14 p.p.) no indicador.

“A gasolina é o subitem que possui maior peso no IPCA. Com essa alta, acaba contribuindo de maneira importante para o resultado do mês de setembro”, explica André Almeida, gerente do IPCA.

Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, o grupamento de Transportes teve o maior impacto positivo (0,29 p.p) e a maior variação (1,40%).

Destaca-se ainda o subitem passagens aéreas, segunda maior variação mensal (13,47%) e segundo maior impacto (0,07 p.p) no total do IPCA, após recuo de 11,69% em agosto.

O item combustíveis, onde o subitem gasolina está inserido, teve alta de 2,70%, com aumento nos preços do óleo diesel (10,11%) e do gás veicular (0,66%) e queda no etanol (-0,62%). Já a alta em ônibus intermunicipal, de 0,42%, é influenciada pelo reajuste de 12,90% aplicado em Salvador (2,62%), a partir de 10 de agosto.

Outro impacto importante entre as altas foi do grupo de Habitação, com crescimento de 0,47% nos preços de setembro em relação a agosto. Com a maior contribuição do grupo, (0,04 p.p.), energia elétrica residencial teve alta de 0,99%.

“Influência de reajustes tarifários aplicados em três áreas de abrangência da pesquisa”, justifica André, citando as revisões em São Luís (10,74%), com reajuste de 10,43% com vigência a partir de 28 de agosto; em Belém (3,00%), com aumento de 9,40% válido a partir de 15 de agosto; e em Vitória (0,65%), onde o reajuste de 3,20% vigorou a partir de 7 de agosto.

Do lado das quedas, o índice de setembro sofreu influência do grupo de Alimentação e bebidas. “É o grupo de maior peso no IPCA e teve deflação pelo quarto mês consecutivo, mantendo trajetória de queda no preço dos alimentos principalmente para consumo no domicílio”, explica o pesquisador.

A deflação do grupo alimentação foi de 0,71%, contribuindo com -0,15 p.p. para a taxa do mês. Os preços da alimentação no domicílio recuaram 1,02%, com destaque para batata-inglesa (-10,41%), cebola (-8,08%), ovo de galinha (-4,96%), leite longa vida (-4,06%) e carnes (-2,10%). Já o arroz (3,20%) e o tomate (2,89%) subiram de preço.

Já a alimentação fora do domicílio teve alta de 0,12%, uma desaceleração ante o resultado de agosto, quando foi de 0,22%. O grupo ainda registrou altas em refeição (0,13%) e lanche (0,09%), também menos intensas do que as observadas no mês anterior (de 0,18% e 0,30%, respectivamente).

Inflação por região

Na comparação por região, a única queda foi registrada em Goiânia (-0,11%), influenciada pela deflação da energia elétrica residencial (-2,97%).

Já a maior variação ficou em São Luís (0,50%), pressionada pelas altas dos preços da energia elétrica residencial (10,74%) e do arroz (4,09%).

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