A crise do coronavírus levou à rápida deterioração dos indicadores econômicos, com quedas expressivas da produção industrial, das vendas no varejo e dos índices de emprego. Diante dos dados negativos já colocados, os economistas começam a debater outra questão: como será a recuperação? As grandes empresas, especialmente aquelas com ações listadas em bolsa, devem sofrer menos. Elas, afinal, têm mais recursos em caixa e contam com maior acesso às linhas de financiamento, o que faz diferença em momentos de crises agudas. No geral, dizem os especialistas, as grandes corporações sobrevivem às crises e tendem a ampliar seu campo de atuação. Segundo o Global Policy Forum, as 200 maiores empresas do mundo detêm 30% da produção global, mas o coronavírus pode ampliar essa participação para 40%. Ou seja: o mundo provavelmente verá no futuro próximo uma concentração maior dos negócios nas mãos de grupos cada vez mais poderosos.