O governo estuda a possibilidade de autorizar Gol, Azul e Latam a atuar em bloco, como se fossem um cartel, até o final da crise. Para isso, haveria o relaxamento de regras concorrenciais para permitir o compartilhamento da oferta de voos e da venda de bilhetes, segundo o jornal O Globo.
A proposta, que conta com o apoio do Ministério da Infraestrutura e é rechaçada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), seria uma forma de manter o setor vivo até o relaxamento das regras de isolamento social no Brasil. Desde o final de março, as três companhias aéreas trabalham com menos de 10 % das rotas nacionais de antes da crise e praticamente cancelaram todos os voos internacionais.
Caso a medida seja implementada, Gol, Azul e Latam vão operar nos moldes da antiga Ponte Aérea. O consórcio reunia Transbrasil, Varig e Cruzeiro (depois da fusão das duas últimas, a Vasp se uniu ao grupo) e o passageiro comprava um bilhete que podia ser utilizado em qualquer voo que fizesse a rota Rio-São Paulo. Durante muitos anos, esse trecho utilizou apenas as aeronaves Electra da Varig, que foram depois substituídas por jatos Boeing 737 das empresas que faziam parte da Ponte Aérea.