A General Motors vai concentrar os esforços para consertar os estimados 3 mil aparelhos de respiração artificial que estão sem uso por falta de manutenção no Brasil. Essa quantidade pode atingir até 5 mil aparelhos nas próximas semanas. Por meio de suas concessionárias, a GM irá buscar os equipamentos e devolvê-los. O Brasil possui mais de 2 mil casos confirmados de coronavírus e esses equipamentos são de fundamental importância no atendimento aos doentes em condições agravadas.
A iniciativa da GM, em parceria com o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), a Abeclin (Associação Brasileira de Engenharia Clínica) e o Ministério da Economia, segue um movimento global de solidariedade e responsabilidade social empresarial. O esforço será coordenado na unidade de São Caetano do Sul, no Grande ABC Paulista, pelo gerente de inovação da GM, Carlos Sakuramoto.
“Estamos treinando virtualmente nosso corpo técnico voluntário e preparando salas nas operações da GM no Brasil para realizarmos os reparos na semana que vem”, afirmou Sakuramoto.
Em entrevista a MONEY REPORT, o presidente da GM América do Sul, Carlos Zarlenga, disse: “Estamos trabalhando com as autoridades e o Senai para ajudar no esforço de consertar respiradores, trazendo-os para nossas instalações, e de outros fabricantes de automóveis, para reparos e envio de volta aos hospitais. Queremos ajudar da maneira que pudermos”.
A PSA, dona das marcas Peugeot e Citroën, adapta as instalações em Porto Real , estado do Rio, para a confecção de protetores faciais, que serão doados a municípios da região. Nos EUA, GM e a Ford foram convocadas pelo presidente Donald Trump a começar a produzir respiradores. A determinação foi feita nesta sexta-feira (27), por meio de uma mensagem no Twitter que usou os termos “agora” e “imediatamente”. Um dia antes, a Ford já havia anunciado uma parceria com a GE Healthcare e a 3M na fabricação de respiradores. O emprego de peças e componentes usados na picape F-150 deve ser adotado.