A economia brasileira poderá ter em 2020 uma retração de até 2%, em um panorama mais adverso; uma queda de 0,9%, em um cenário dentro da normalidade; ou uma alta de 0,1%, em um circunstância otimista. As projeções para o PIB no ano (veja abaixo) constam na edição de março do Boletim Macro, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Os cenários levam em conta os efeitos provocados pela pandemia do novo coronavírus. O estudo classifica o momento como “o maior desafio mundial desde a Segunda Guerra Mundial”.
“A dificuldade de prever o tamanho da epidemia, e de aferir o seu impacto sobre a economia, torna quase impossível projetar para onde vão o nível de atividade e outros indicadores econômicos este ano”, aponta o documento.
A avaliação dos economistas da FGV é que a maior contração da economia deve se dar no segundo trimestre. A expectativa, no entanto, é que na segunda metade do ano haja uma recuperação.
“Mas é pouco claro se ela será rápida ou diluída em horizonte mais largo”, observam.
Os especialistas consideram ainda que, ao contrário de crises anteriores, como a de 2008-09, o setor de serviços deve ser especialmente afetado, como restaurantes, cinemas, teatros, transportes, alojamento, além das vendas no varejo.