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Faz sentido usar reservas em dólar para diminuir a dívida?

Notícia publicada pelo jornal Valor Econômico na manhã desta terça-feira (30) causou um burburinho no meio econômico. Segundo o veículo, o economista Paulo Guedes, futuro ministro da Fazenda, propôs em discussões internas que o governo usasse parte das reservas internacionais, hoje em torno de US$ 380 bilhões, para diminuir a dívida pública e a despesa com os juros da dívida. Horas após a publicação da matéria, ele negou que a ideia esteja no radar da equipe de Jair Bolsonaro. Guedes explicou que o tema foi abordado durante a escalada do dólar em setembro, quando a moeda americana chegou a ser negociada por mais R$ 4,20. O economista disse que as reservas só serão utilizadas em caso de ataque especulativo ao Brasil, com a moeda americana subindo entre R$ 4,50 e R$ 5,00.

Economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale explica que, em tese, faz sentido usar parte das reservas para diminuir a dívida pública, mas o momento não é propício para discutir o assunto. “Existe uma discussão em torno do que seria a quantidade ‘ideal’ de reservas cambiais. Economicamente falando, faz sentido, com uma situação fiscal mais encaminhada, usar até um quarto das reservas atuais para abater parte da dívida. Mas isso não faz sentido politicamente”, afirma. “Neste momento, a prioridade máxima da nova administração deve ser a aprovação da Reforma da Previdência, essa sim fundamental para o ajuste fiscal. Mesmo que essa não seja a intenção, colocar em discussão as reservas agora pode passar ao mercado a mensagem de que o governo vai criar outros mecanismos para diminuir a dívida, sem atacar a Previdência”. Vale também deixa claro que, sem um ajuste fiscal forte, a própria situação cambial pode se deteriorar no longo prazo, deixando o Brasil mais vulnerável a choques externos.

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