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Estado não sabe investir, mas é bom de gasto, diz Schwartsman

Em conversa com Money Report, o economista e consultor Alexandre Schwartsman, ex-diretor do Banco Central, disse que as discussões a respeito da flexibilização da regra de ouro (que proíbe o setor público de se endividar para pagar despesas correntes) e da regra do teto (que impõe limite ao aumento de gastos) evidencia a dificuldade dos governantes controlar as despesas do setor público. “O Estado não sabe investir, mas é bom em aumentar gastos correntes, principalmente com aumento de salários”, disse.

Para Schwartsman, o problema do país não é a regra de ouro, mas a uma “estrutura de gastos que leva a um aumento persistente da despesa pública”. “Por isso o governo precisa aprovar reformas como a da previdência”, diz o economista. “Flexibilizar os instrumentos que evitam o aumento do gasto e da dívida não resolve. Pelo contrário: vai piorar a trajetória crescente da dívida.”

É por isso que saber quem será o próximo presidente é o assunto que atrai as atenções dos analistas. “Como não vamos fazer a reforma da previdência neste ano, a bomba cairá no colo do próximo presidente. Se quem for eleito não estiver comprometido, vamos ter um problemaço.” Schwartsman vê com ceticismo a ideia de que o próximo presidente adotará políticas de centro, ainda que seja originalmente de esquerda. “Ao contrário de 2014, hoje não há espaço para ambiguidades. Não dá para fazer campanha falando uma coisa e fazer outra quando assumir. A última pessoa que fez isso perdeu apoio da população e sofreu impeachment no Congresso.”

Por que é importante

Em 2014, a dívida pública bruta estava em 56,3% do PIB. Em 2021, segundo projeções do Santander, pode chegar a 90,6% do PIB

Quem ganha

A aprovação de reformas que controlem os gastos públicos melhora o ambiente macroeconômico do país, favorecendo a chegada de investimentos privados

Quem perde

Setores que “vivem” de gastos públicos, como funcionários públicos com super salários ou pensões felpudas, e empresários que dependem de financiamento barato de bancos públicos e isenções fiscais

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Comentários

Uma resposta

  1. Talvez seja melhor fazer uma auditoria da divida publica, a previdencia alem de ter as receitas necessarias é quase a metade dos gastos com o pagamento da divida publica. Só pra ter uma ideia, enquanto todas as despesas da previdencia social consomem 28% das receitas da união, os juros e o serviço da divida consomem mais de 50%.
    E este senhor sabe disso e fica dando uma de salame…

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